O iPhone X está morto. É o que diz o analista do mercado Neil Campling, que trabalha para a empresa Mirabaud Securities. A afirmação é baseada no excesso de chips sobrando no inventário da TSMC, fabricante de processadores contratada pela Apple. Isso teria acontecido pelo fato da Apple ter supostamente cancelado a compra de novos componentes, o que apontaria para o fim do novo modelo de iPhone após apenas um ano de vida.
A informação pode ter um impacto grande também na AMS, principal fornecedora dos sensores 3D utilizados no Face ID, a autenticação pelo rosto que substituiu o leitor de digital no iPhone X. De acordo com o analista, o componente é considerado caro, custando entre US$ 50 e US$ 60, o que provavelmente resultaria em pouco interesse de outras fabricantes de celulares, como a Samsung ou a Huawei, caso a AMS tentasse vender a tecnologia para elas.
Culpa pode ser dos preços altos
Para Campling, a principal razão de um possível fim prematuro do iPhone X estaria no preço elevado do celular, cujo modelo mais simples custa a partir de US$ 999 nos EUA e R$ 6.999 no Brasil. “Os consumidores estão virando as costas para smartphones com preços tão altos”, disse o analista. Isso significaria que todos os iPhones X vendidos daqui em diante seriam apenas aparelhos que já estavam no estoque das empresas.
As informações de Campling estão de acordo com o que disse o também analista Ming-chi Kuo, conhecido por suas previsões acertadas em relação às ações futuras da Apple. Ele acredita que as baixas vendas do iPhone X devem fazer com que a fabricante descontinue o aparelho e foque apenas nos modelos que serão lançados no final deste ano. Ming-chi apontou a recepção negativa do entalhe na tela como um dos fatores que contribuíram para as baixas vendas.
Versão da Apple
Um possível fim do iPhone X iria contra a narrativa da Apple até aqui. O CEO da empresa, Tim Cook, chegou a falar que o novo aparelho “superou as expectativas” da companhia e, junto com o iPhone 8 e o iPhone 8 Plus, gerou o maior rendimento da história da linha, comercializando um total de 77,3 milhões de unidades no ano passado. Ele destacou ainda que a satisfação dos clientes com os novos celulares estaria “acima do esperado”.
A Apple não respondeu aos pedidos de comentários sobre o caso.
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