Quem nunca errou a senha do celular e precisou aguardar alguns minutos para poder tentar novamente? Isso não é nada com que se envergonhar. Um garoto de dois anos da cidade de Xangai, no entanto, merece destaque por fazer uma façanha que poucos seriam capazes: ele errou a senha do iPhone de sua mãe tantas vezes que travou novas tentativas de desbloqueio por meros 25 milhões de minutos – o equivalente a 47,7 anos.
Segundo o jornal South China Morning Post, a mãe relatou que o jovem tinha acesso ao smartphone para ver “vídeos educacionais”. Mas um dia, ao chegar em casa, notou que deixar o celular nas mãos do garoto, sem supervisão, talvez não tenha sido a melhor ideia.
A única solução? Apagar todos os dados do iPhone e restaurá-lo para as configurações de fábrica. “Eu não podia realmente esperar os 48 anos e contar para meus netos que foi culpa do pai deles”, brincou ela.
Tente novamente em 25.113.676 minutos
Para muitos, uma situação como essas pode parecer simplesmente absurda – afinal, um número tão grande só pode ser resultado de algum erro no sistema... Não é? Pois lamentamos informar que esse não é o caso. De fato, situações como essa são bastante comuns, sendo relatadas já há vários anos; um técnico da Apple questionado sobre o caso, por exemplo, disse ter visto um iPhone bloqueado por nada menos do que 80 anos.
Eu não podia realmente esperar os 48 anos e contar para meus netos que foi culpa do pai deles
Vale notar que isso tão pouco é alguma falha ou brecha do sistema da Apple. Muito pelo contrário: essa técnica de bloqueio exponencial é comum entre empresas, e tem como objetivo impedir ataques de desbloqueio por “força bruta” – leia-se, que vão testando repetidamente cada uma das possibilidades até chegar à senha com um “bombardeio” de mais de 100 tentativas por segundo.
A ideia, com isso, é que o desbloqueio de uma senha comum, que poderia ser quebrada em questão de um ou dois meses por esse método, aumente para uma questão de décadas se, para cada tentativa errada, houver um incremento de 5 segundos no bloqueio. É claro que isso não é a prova de falhas, já que o menor descuido pode entregar seus dados para malwares que são instalados acidentalmente no sistema. Mas já é um começo.
Seja como for, a mensagem que fica é clara: se não quiser correr risco de grandes prejuízos, é melhor não deixar seu celular nas mãos de uma criança sem supervisão.
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