Nessa altura do campeonato, ninguém duvida que o Android tem um problema de fragmentação de mercado por conta das várias versõs lançadas, deixar dispositivos parados no tempo e até porque usuários mantêm aparelhos muito antigos — com mais de dez anos de vida — perigosamente desatualizados, quase sempre por conta do descaso das fabricantes. Só que um novo estudo mostrou que essa situação é ainda mais vasta e preocupante.
A pesquisa foi realizada pelo engenheiro Dan Luu com dados públicos da Google desde 2010 até este ano. Segundo ele, que já trabalhou na companhia, desde 2014 o número de dispositivos desatualizados em dois anos ou mais só cresceu — e agora já chega a um bilhão de aparelhos. Como a base de consumidores também aumentou proporcionalmente, o crescimento desse número é ainda mais assustador em termos absolutos.
A comparação com o iOS, que tenta deixar o maior número de iPhones e iPads próximos em termos de versão, também é inevitável.
O grande problema de manter tablets ou smartphones com versões como Gingerbread ou Ice Cream Sandwich está na segurança. Essas versões mais jurássicas do Android estão muito atrás em termos de proteção, não receberam correções de brechas e muitas dessas falhas já são bem difundidas.
O tempo de desatualização dos aparelhos disparou ao longo dos anos.
Alguns aparelhos já têm uma década de vida, mas em outros o problema é mesmo a falta de atualizações e eventuais dificuldades do consumidor em comprar um novo aparelho. Ou seja, o problema não é ter um dispositivo velho em casa, e sim ele ser tão deixado para trás em pouco tempo. O estudo completo em inglês pode ser conferido neste link.
Vale lembrar que a Google prometeu acabar com o problema de fragmentação de mercado a partir do Android Oreo com um novo programa de atualizações junto às fabricantes. Por enquanto, porém, a última versão segue pouco difundida e é a menos usada entre a base de mercado da empresa — que inclui até a 2.3 na lista.
Categorias