Em geral, a Apple é bastante cuidadosa com relação a seus futuros lançamentos no mercado de eletrônicos, evitando que informações internas e sensíveis escapem antes da hora planejada. De certa forma, isso faz com que os vazamentos relacionados ao ecossistema da Maçã se restrinjam apenas a pequenos detalhes vindos de parceiros e fabricantes de acessórios. Agora, no entanto, o vacilo de um funcionário da casa pode ter escancarado diversas surpresas e recursos do vindouro iPhone 8.
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A fonte desse tipo de dados é a mesma de um leak recente envolvendo o ainda não lançado speaker inteligente da marca: uma prévia do firmware do HomePod. Ao que parece, esse material deveria ser disponibilizado apenas às equipes internas da Apple, mas acabou sendo armazenado em um servidor público e colocou em xeque boa parte dos segredos dos novos gadgets sendo produzidos por Cupertino.
Tecnologia (e visual) de ponta
De posse desse conteúdo, alguns desenvolvedores resolveram destrinchar as linhas de código do firmware e se depararam com mais do que informações referentes ao alto-falante. Para começar, eles descobriram que o novo iPhone está sendo chamado internamente de D22 e que seu formato quase sem bordas era exemplificado em algumas imagens contidas dentro do código do HomePod. Como dá para ver abaixo, essa silhueta confirma boa parte dos vazamentos e rumores que tivemos sobre o design do iPhone 8 até agora.
Here's a higher resolution version: pic.twitter.com/p60xeEn7Ie
— Guilherme Rambo (@_inside) 31 de julho de 2017
As bordas reduzidas, a falta de um botão Home físico e a entrada da moldura na parte superior, por exemplo, já foram vistas em outras figuras, fotos e renderizações ligadas ao aparelho. Mais uma vez, a dúvida que fica é: como a Apple pretende fazer a checagem biométrica do usuário sem um atalho dedicado ao Touch ID? Enquanto alguns acreditam que o recurso foi integrado ao display do smartphone ou que o sensor passa a fazer parte de um botão Power mais alongado, o firmware sugere outra opção que já vinha sendo discutida.
Segundo o pessoal que teve acesso ao software, o D22 vai contar com uma funcionalidade chamada Pearl ID. A ideia é que essa tecnologia jogue a leitura de impressões digitais para escanteio e utilize um sistema de reconhecimento facial com suporte a infravermelho para desbloquear o telefone e autenticar transações. A protuberância no topo do equipamento deve concentrar todos os instrumentos necessários para que essa leitura do rosto seja feita sem problemas – embora ainda não se saiba como o iOS 11 vai se adequar ao novo formato.
iOS 11 (or the next iPhone) will have something called SmartCam. It will tune camera settings based on the scene it detects pic.twitter.com/7duyvh5Ecj
— Guilherme Rambo (@_inside) 2 de agosto de 2017
Parte do código também revela que o celular deve receber algumas melhorias substanciais em sua câmera traseira. A primeira delas é a capacidade de gravar vídeos em 4K a 60 fps – um upgrade e tanto em relação ao iPhone 7 Plus. Além disso, o hardware pode contar com um sensor de profundidade. Além de potencializar o uso de realidade aumentada no aparelho, isso permite que um recurso chamado SmartCam detecte particularidades da cena e mude as configurações de câmera para que suas fotos fiquem ainda mais bonitas.
Para os olhos e ouvidos
O display integrado é melhor do que esperávamos
Claro que, por se tratar de um vazamento originado nas entranhas do recém-anunciado Apple HomePod, o material também oferece alguns detalhes bem interessantes a respeito do equipamento. Um deles indica que o display integrado ao speaker é bem mais avançado do que imaginávamos até agora. Em vez de apresentar um formato matricial, a tela deve ter uma resolução de 272x340 pixels – que não se sabe se será RGB ou monocromática ou se terá sensibilidade ao toque.
HomePod has a “screen” of 272x340 and 1GB RAM cc @stroughtonsmith pic.twitter.com/IviOcwRY9n
— Avery Magnotti (@citrusui) 31 de julho de 2017
Além disso, foi descoberto que esse novo hardware deve contar com 1 GB de memória RAM. Pode parecer pouco, mas como a Empresa da Maçã tem um histórico de otimizar bem os seus produtos, é de se esperar que a quantidade seja suficiente para manter o brinquedinho funcionando de forma lisa e sem engasgos. Por fim, a onda de vazamentos acaba com uma compilação dos sons que já fazem parte do projeto, indo de alarmes e timers a áudios referentes a notificações e requisição de senha.
E aí, será que o fato de todas essas informações terem visto a luz do dia antes da hora prejudicaram a estratégia da Apple ou só aumentaram o hype em relação aos novos iPhone e ao HomePod? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.
Fontes