Uma das diversões em se assistir a histórias sobre zumbis está exatamente no absurdo da situação: você nunca verá pessoas apodrecendo e passeando pela cidade quando sai às rua para alguma tarefa, certo?!
Pois comece a se preocupar, aparentemente a transformação de humanos em zumbis é possível, pelo menos teoricamente. Steven C. Schlozman, um professor assistente de psiquiatria da Universidade de Harvard, escreveu um livro intitulado “The Zombie Autopsies” (As autópsias do zumbi) em que cria uma série de contos ficcionais sobre o assunto.
(Fonte da imagem: Nerd Store)
Teoria da conspiração (ou como fazer)
De acordo com Schlozman, em entrevista para a PopSci, apesar de zumbis possuírem algumas funções motoras intactas – como andar e usar os dentes para rasgar a pele de outros seres humanos – o lóbulo frontal, responsável pela moral, planejamento e inibição de ações impulsivas, não existe. Já o cerebelo, capaz de controlar a coordenação, ainda está lá, porém de forma dormente.
Portanto, pode-se especular um culpado para este tipo de deterioração específica do cérebro, afirma Schlozman, uma simples proteína. De acordo com o psiquiatra, uma proteína específica chamada príon modifica outras proteínas, e é impossível reverter tal processo. A príon foi descoberta nos anos 50 e é responsável pela doença da Vaca Louca, pois se aloja na cabeça e cria estragos semelhantes a um tiro no cérebro.
Estrutura da proteína príon (Fonte da imagem: Cornu / WikiCommons)
A príon poderia, então, se alojar no cérebro e produzir um estrago semelhante ao que existe nas histórias ficcionais mais fatalistas sobre zumbis, destruindo um cérebro de cada vez. Claro, seria necessário programar a proteína para atingir o cerebelo e o lóbulo frontal, algo que não seria simples.
Em escala mundial
Todavia, para uma epidemia mundial seria necessário que o contágio se desse de forma mais rápida, como acontece com uma gripe normal. Para isso, o diretor de doenças infecciosas do hospital geral de Massachusetts, Jay Fishman, propõe o uso do vírus que causa encefalite, ou ainda o vírus da herpes.
Apesar da própria inserção da proteína em um vírus ser improvável, Fishman também comenta a necessidade de parar o príon, para que a putrefação não seja completa, apenas direcionada. A ideia do médico é utilizar bicarbonato de sódio para induzir a alcalose metabólica, aumentando o pH do corpo e diminuindo a proliferação da proteína zumbi no corpo.
Com isso, o resultado seria um ser humano transformado em zumbi, uma epidemia mundial e pânico pela sua sobrevivência. Que tal um cenário apocalíptico do gênero?
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