(Fonte da imagem: Divulgação/Red Bull)
Você provavelmente deve ter acompanhado as notícias sobre o incrível salto da estratosfera de Felix Baumgartner. O atleta, patrocinado pela Red Bull, quebrou a barreira do som ao pular de mais de 39 quilômetros de altura.
A novidade agora está em uma série de entrevistas que Baumgartner concedeu à BBC. Ele conta que a sensação de estar tão longe da terra e em pleno vácuo é totalmente assustadora e que qualquer pequeno erro poderia lhe custar a vida.
O maior medo do atleta era que a roupa própria para o salto apresentasse falhas. A vestimenta custou cerca de um milhão de dólares e seria capaz de manter um homem vivo na Lua. Foram necessárias 30 pessoas para criar o traje e cerca de seis meses para que ele ficasse pronto. Mesmo assim, Felix tinha medo, afinal: o menor dano ao traje poderia causar a pior morte imaginável, com a perda de fluidos corporais por todos os orifícios do corpo.
Mesmo com toda a importância da roupa, Felix Baumgartner ainda afirma que ela foi a responsável pela maior dificuldade do atleta ao longo da queda livre a 1.340 km/h. “É difícil de descrever a sensação. Seus movimentos ficam completamente limitados e você não consegue respirar com facilidade. É muito difícil – você não sente nada com aquela roupa”, disse Felix.
O atleta complementa, dizendo que em sua experiência um dos fatores mais importantes sempre foi sentir a natureza do salto. “Quando eu salto de paraquedas, mesmo no inverno, eu não uso nem mesmo luvas. Eu quero sentir o ar passando pelo meu corpo para perceber a velocidade e temperatura ao longo do trajeto”. Depois de provar a roupa pela primeira vez, ele afirmou que “é como se o mundo lá fora não existisse mais”.
(Fonte da imagem: Divulgação/Red Bull)
Baumgartner também revelou que, nos procedimentos antes do salto, ele percebeu que o sistema de aquecimento do capacete não estava funcionando corretamente. Com isso, a viseira acabou embaçando com a respiração de Felix.
Ao final da entrevista, Baumgartner ainda conta sobre a dificuldade em manter-se na posição delta (cabeça para baixo e braços para trás) pela falta de movimentos causada pela roupa. Embora o salto tenha ocorrido perfeitamente, após quebrar a barreira do som, o atleta perdeu completamente o controle, girando no ar.
Segundo o artigo da BBC, caso ele não conseguisse retomar esse controle, o sangue se concentraria em sua cabeça, causando a morte ou, no mínimo, um aneurisma e danos permanentes para o cérebro.
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