Para evitar que Veneza afunde, a saída é injetar água?

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(Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

A cidade italiana Veneza usa a sua história para atrair turistas e subsidiar sua sobrevivência e desenvolvimento. O município famoso por sua arquitetura, museus e monumentos, tem atualmente como grande atrativo os canais que cortam toda a região – os quais proporcionam belíssimos passeios de gôndola.

Contudo, é sabido que Veneza está sofrendo com o aumento do nível da água, correndo o risco de ficar submersa daqui algumas décadas. A porosidade e a sedimentação do solo colaboram para a complicação da situação. A combinação desses fatores ocasiona um fenômeno chamado “subsidência”. Em suma, ao mesmo tempo em que o mar está subindo, a cidade de Veneza tem o seu solo deteriorado e afunda cada vez mais.

Apesar de contar com um sistema de comportas e portões (denominado MOSE Project) que tenta conter a invasão das águas nas marés altas, a província veneziana não consegue se livrar do temor de ficar completamente debaixo d’água.

Imagem de satélite de Veneza. (Fonte da imagem: NASA/Wikimedia Commons)

Segundo publicação do site Ars Technica, recentemente, outra ideia está sendo discutida para solucionar esse caso. A nova proposta consiste na “injeção” de água nas galerias subterrâneas da cidade.

Isso mesmo, para evitar que Veneza afunde, o projeto prevê que ela receba quantidades de água que aumentem a pressão do volume líquido debaixo da terra, em locais que possuem grossas camadas de argila impermeáveis, e ajudem a expandir os poros do solo sedimentado. De acordo com o informativo, o processo inverso, ou seja, a retirada de água dos canais e galerias, poderia acelerar a sedimentação do solo.

A técnica de injeção de água não é uma novidade. Ela já foi utilizada em Long Beach, na Califórnia (EUA), na década de 50 e teve sucesso, elevando o terreno em cerca de 30 centímetros. A estimativa dos especialistas é que em Veneza esse mesmo valor poderia ser alcançado. Para isso, a injeção de água na cidade italiana perduraria por dez anos e moveria aproximadamente 150 milhões de metros cúbicos de água.

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