Um bom nome para um produto é o primeiro passo para conquistar o consumidor. A marca deve ser direta e traduzir em no máximo uma ou duas palavras o conceito que um aparelho deseja transmitir, bem como tornar claro para o público qual é a sua principal função.
Porém, encontrar um nome forte e imponente não é uma tarefa simples. Muitas vezes, é preciso levar em consideração a universalidade da marca, fazendo com que o nome possa ter uma sonoridade agradável em qualquer idioma. E é exatamente aí que começam os problemas.
Um nome agradável para o público norte-americano não será, necessariamente, bem-sucedido no Brasil. Dois casos recentes que ganharam repercussão envolvendo nomenclatura de produtos foram os do Siri, nova tecnologia disponível do iPhone 4S, e do Nokia Lumia, um dos primeiros modelos de smartphone que conta com o Windows Phone como SO.
O Tecmundo preparou uma seleção com alguns dos piores nomes que já apareceram no mundo tecnológico. Será que você teria mesmo orgulho de ostentar um aparelho ou utilizar um serviço com nomes assim?
Nokia E-Cu
(Fonte da imagem: Patrick Hyland)
Criado pelo designer inglês Patrick Hyland, o smartphone Nokia E-Cu não foi muito feliz na escolha do nome. Embora o produto nunca tenha sido lançado, sua proposta era bastante válida, uma vez que ele dispensaria o uso de carregador. Para tornar isso possível seria necessária a utilização de células termogeradoras, capazes de transformar energia térmica em energia elétrica.
O maior problema, nesse caso, ficaria por conta do nome do aparelho no Brasil. O termo “Cu” é uma referência direta ao símbolo do elemento químico cobre. Contudo, por aqui, o termo poderia significar também outra coisa e se tornar uma verdadeira piada pronta para os usuários.
iPhone 4S
(Fonte da imagem: Apple)
O iPhone é um belo exemplo de um nome universal e que traduz com perfeição seu conceito e a sua utilização. O prefixo “i” se refere à palavra “individual” e denota a ideia de um produto personalizado. Já a palavra “phone” é autoexplicativa quanto à função do aparelho.
Porém, a nomenclatura “4S” também pode ter um sentido pejorativo em inglês. Quando lida, a expressão “four s” pode soar também “for ass” (“para o traseiro”, numa tradução mais educada). Apesar do nome dúbio, a morte de Steve Jobs fez com que os fãs da marca adotassem outra explicação: “4S” seria uma sigla para “for Steve” (“para Steve”, em tradução direta).
Nokia Lumia
(Fonte da imagem: Nokia)
O Nokia Lumia, lançado na semana passada, é um dos primeiros modelos da companhia finlandesa a adotar o Windows Phone. O modelo será comercializado primeiramente em alguns países da Europa, entre eles a Espanha.
O grande problema é que a palavra “lumia” significa “prostituta” em língua espanhola. Ou seja, é bem provável que muitos dos usuários tenham que aguentar piadinhas pelo simples fato de estarem levando um “lumia” para todos os lugares que forem.
Siri
(Fonte da imagem: Apple)
A mais nova tecnologia do iPhone 4S atende pelo nome de Siri. O assistente pessoal do smartphone da Apple tem um nome simples e fácil de ser memorizado, mas que em outros idiomas também pode causar algum tipo de confusão. Em português, por exemplo, a primeira imagem que os usuários têm do nome “siri” é a do crustáceo, que nada tem a ver com a tecnologia.
Já no Japão, país onde os produtos da Apple são muito bem-sucedidos, o termo “Siri” tem como pronúncia o som “shiri”, que significa “traseiro”. Ou seja, contar para os seus amigos que você tem um “shiri” como assistente pessoal pode dar margem para muitas piadas.
Nomes criativos, mas que dizem pouco
(Fonte da imagem: Apple)
Não há como negar que empresas como a Apple e a Google são bastante criativas na escolha dos nomes de seus produtos. A empresa da Maçã, por exemplo, adotou para a sua linha de SOs nomes de felinos para cada uma das versões. Alcunhas como Snow Leopard ou Lion, por exemplo, podem ser até bonitas, mas pouco dizem sobre o produto.
É preciso ter algum conhecimento sobre o assunto para apontar qual das versões é a mais recente. Afinal, um Lion é melhor do que um Snow Leopard? Não há nenhuma relação direta que indique qual versão é a mais recente e, nesse ponto, o nome pomposo pode confundir muito mais do que ajudar.
O mesmo caso acontece com a linha de sistemas operacionais mobile da Google, o Android. Cada uma das versões é batizada com um nome de doce. Assim, temos nomes como Gingerbread, Honeycomb e Ice Cream Sandwich, bastante criativos, mas nada explicativos.
Embora a lógica da empresa seja batizar em ordem alfabética cada uma das versões, para um usuário que ainda não conheça essa lógica, identificar qual das versões é mais recente se torna praticamente impossível.
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