(Fonte da imagem: ArXiv)
Com finalização programada para 2016, o Aperture Spherical Telescope (FAST), construído pela China, está programado para ser o maior telescópio já construído pela humanidade. Ocupando uma área de quinhentos metros quadrados, a construção terá o objetivo de auxiliar nas pesquisas por vida fora da Terra, além de propiciar um melhor estudo da atmosfera do planeta.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Square Kilometer Array (SKA), iniciativa internacional que nasceu com o objetivo de construir um telescópio com área total de um quilômetro quadrado. Atualmente, a iniciativa se concentra na construção de equipamentos menores, localizados em áreas estratégicas do globo – algo que parece não interessar à China, que em 2006 deu o sinal positivo para a construção do FAST.
A novidade vai ter capacidade de observação três vezes maior que o Observatório Arecibo, localizado em Porto Rico, considerado atualmente como o mais potente do mundo. Além disso, a produção chinesa também terá uma sensibilidade maior, permitindo a observação de 19 regiões diferentes do espaço.
Tamanho e potência sem iguais
Para conseguir capturar sinais de forma mais precisa, o FAST não utiliza o método tradicional, que constitui no uso de espelhos distribuídos pelo diâmetro da cúpula de observação, como forma de direcionar os sinais recebidos a um ponto único. Isso acontece porque, devido ao tamanho do projeto, seria necessário usar cerca de 11 mil toneladas de espelhos.
(Fonte da imagem: ArXiv)
A solução encontrada pelos engenheiros foi a construção de uma cúpula adicional construída com cerca de 4400 painéis de alumínio triangulares, que formam um espelho parabólico com cerca de 300 metros. Este dispositivo pode ser redirecionado livremente, o que permite ao telescópio observar uma área mais extensa dos céus.
Todo esse tamanho vai permitir a observação simultânea de 19 regiões do espaço (o Arecibo é capaz de observar somente 7 delas), resultando no centro de observações mais potente e rápido do mundo. Com a capacidade de detectar transmissões ocorridas em até 1000 anos-luz de distância, a novidade deve permitir a observação de fenômenos como supernovas e pulsos eletromagnéticos de forma sem igual.
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