Passar trotes para autoridades e serviços de emergência é, indiscutivelmente, um ato de irresponsabilidade. A prática, batizada pelos americanos de “swatting”, rende situações bastante perigosas e intensas, além de gerar gastos enormes com as chamadas. Recentemente, um homem conhecido na internet por passar trotes problemáticos foi condenado a 20 anos de prisão, em consequência de uma falsa emergência que resultou em morte de um inocente.
Tudo começou com uma disputa em Call of Duty: World War II envolvendo dois jovens: Casey Viner, com 18 anos de idade e Shane Gaskill, com 19. Depois de um tempo, a rivalidade aumentou e Casey resolveu contactar Tyler Barriss, um “profissional” em passar trotes, para acionar as autoridades de segurança no endereço de Gaskill.
(Imagem: Reprodução/The Wishita Eagle)
Barriss cumpriu o acordo, ligou para a polícia de Wichita (Kansas, EUA) e reportou uma situação com reféns no endereço dado por Casey; contudo, esse não era o real endereço de Gaskill. Momentos depois, uma equipe da SWAT se posicionou a frente da casa. Espantado com a movimentação estranha, Andrew Finch, um dos moradores reais daquele endereço, abriu a porta e, no ato, foi atingido por um dos policiais.
O policial responsável pelo disparo justificou sua atitude por acreditar que Andrew estava armado e acabou sendo inocentado do homicídio. Por outro lado, Casey e Gaskill foram condenados por crimes federais e obstrução da justiça. Em mensagens recuperadas pela polícia, Gaskill e Barris asseguraram um ao outro de que as mensagens foram apagadas: “Cara, eu, você e Casey precisamos apagar tudo. Isso é um caso de homicídio agora. Casey apagou tudo, você também precisa.”, disse Barriss.
Barriss e seus crimes
Em uma entrevista publicada no YouTube, Barriss confessa “adorar praticar ‘swatting’ em crianças que pensam que nada vai acontecer.”. O rapaz, agora condenado a 20 anos de prisão, já se envolveu em situações bastante graves, mas que não geraram feridos.
(Imagem: Reprodução/WideBlueLine por Javier Guete)
Um de seus crimes mais polêmicos foi a falsa denúncia de bombas em 2015. Barriss acionou as autoridades e denunciou a presença de várias bombas nos estúdios ABC7, emissora de TV norte-americana. A polícia evacuou o local e o esquadrão antibombas utilizou cães farejadores para investigar o estúdio. E, por se tratar de um trote, nada foi encontrado.
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