E um dos filmes mais esperados finalmente chega aos cinemas. Desde que foi anunciada, a continuação da franquia que fez sucesso lá na década de 1990 — com a obra original de Steven Spielberg — deixou muita gente com dúvidas sobre o que poderia sair de bom desse novo longa de dinossauros, já que o terceiro Jurassic Park foi quase desastroso.
Felizmente, para nossa surpresa, o novo título desses seres jurássicos consegue elevar o nível e evitar alguns erros grotescos. Não é um filme perfeito, mas ele tem boas cenas de ação e novos dinossauros que ajudam a empolgar os fãs da franquia.
Em “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros”, vinte anos após os eventos de Jurassic Park, somos levados novamente à Ilha de Isla Nublar. O lugar que foi fechado, por uma série de problemas vistos no passado, reabriu há quase uma década e teve sua estrutura reprogramada para acomodar mais dinossauros e visitantes.
Acontece que, agora, os responsáveis pelo local resolveram criar uma nova espécie para atrair a atenção do público. Trata-se de uma espécie produzida em laboratório, a qual é ainda maior que o T-Rex. Entretanto, é claro que as coisas nem sempre saem como o planejado. Vamos seguir adiante para mais detalhes sobre as qualidades e defeitos do filme.
Alerta spoiler
Se os detalhes acima já não foram spoilers o suficiente (apesar de que tudo que falamos está na sinopse oficial), deixamos claro aqui que vamos abordar outros detalhes da trama no desenvolvimento desta crítica. É recomendável ler este texto após ter conferido o filme, pois algumas informações deste texto podem prejudicar sua experiência no cinema.
Boas cenas de ação
A história de Jurassic World se desenvolve de forma inteligente, priorizando o passeio pela ilha e aos poucos dando detalhes sobre a nova espécie. O tour por Isla Nublar é uma das coisas mais sensacionais, com direito a paisagens exuberantes e instalações — patrocinadas pela Samsung — cheias de surpresas.
Graças à alta tecnologia computacional, nossos olhos são ludibriados e somos levados a acreditar no impossível, de modo que até mesmo os cenários criados digitalmente nos enganam e ficamos extasiados ao revisitar os dinossauros. Cada nova atração é uma surpresa e este é um ponto forte do filme.
Apesar de contar uma história fácil de digerir, o roteiro de Jurassic World é recheado de pequenas situações desnecessárias que apenas “enchem linguiça” e não acrescentam nada de relevante à franquia. A trama que deveria dar ênfase aos dinossauros é tomada pela história de dois garotinhos que são sobrinhos de uma das funcionárias do parque e também por diálogos desnecessários com personagens que não agregam nada ao desenrolar da obra.
Felizmente, essas divagações sem sentido são logo ofuscadas pela tensão que toma conta da tela. A partir da metade da película, o filme prende a atenção do espectador e começa a mostrar o verdadeiro perigo dos dinossauros. As cenas de ação são o grande trunfo, o que culmina em um final que muita gente estava esperando.
Parte do mérito também deve ser dada a Chris Pratt, que interpreta Owen, um treinador de velociraptores que assume a responsabilidade de caçar uma terrível fera. O ator é engraçado, cheio de boa vontade nas cenas de ação e ainda toma pra si a responsabilidade de levar a trama adiante.
Tecnologias inusitadas
Aproveitando a idealização de um novo filme, a equipe criativa resolveu apostar em uma série de tecnologias inovadoras. Com novidades que vão desde hologramas até manipulação de código genético, o filme consegue explicar muita coisa do que é mostrado e até mesmo dar informações sobre as obras anteriores.
Obviamente, por se tratar de um filme que não pretende simular um futuro completamente distante, ainda vemos aviões, helicópteros e outros automóveis comuns no desenvolvimento da trama. No entanto, os passeios no parque acontecem dentro de um veículo bem diferente: uma esfera transparente que traz revestimento a prova de balas foi a forma encontrada para deixar os visitantes do parque bem próximos dos dinossauros. Genial!
Outra sacada boa do filme foi na hora da caça aos dinossauros, em que podemos conferir alguns novos acessórios usados pelos paramilitares que protegem o parque. Da mesma forma, podemos ver algumas novidades bacanas no laboratório de Isla Numbar, onde os cientistas nos levam a conferir uma série de maquinários bacanas.
Enfim, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” consegue surpreender pela ação e fica acima daquilo que vimos em Jurassic Park III. O filme tem falhas? Sim. Essas falhas prejudicam o desenrolar da história? Não. Contudo, bem que o roteiro poderia ser mais direto e aproveitar para apresentar mais coisas legais. De qualquer forma, é uma boa pedida para ver na telona, seja pela ação, pela tecnologia ou pelos dinossauros!
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