(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Jogar os principais games disponíveis para PC, e que requerem um hardware mais potente, em um portátil capaz de ser levado para qualquer cômodo da casa. O NVIDIA Shield foi apresentado pela primeira vez ao público durante a CES 2013 e rapidamente se tornou um dos projetos mais curiosos e promissores com previsão de chegada ao mercado em 2013.
Em uma sessão reservada à imprensa na Computex 2013, o CEO da NVIDIA, Jen-Hsun Huang, recebeu a equipe do Tecmundo para explicar em detalhes o funcionamento do novo console. Além disso, tivemos a oportunidade de testar por alguns minutos o produto e conferir de perto todo o potencial dos seus recursos.
NVIDIA Shield: especificações
- Sistema operacional: Android 4.2
- Tela: 5 polegadas
- Resolução: 720p
- Processador: NVIDIA Tegra 4 quad-core
- RAM: 2 GB
- Armazenamento: 16 GB
- Saída de vídeo: mini HDMI
- Conectividade: WiFi 802.11n e Bluetooth
- Peso: 579 gramas
- Preço: US$ 349
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Entendendo o Shield
Antes de tudo, é preciso entender quais são as possibilidades do Shield. Em linhas gerais, trata-se de um dispositivo com Android com um joystick acoplado, mas com funcionalidades que vão muito além do que seria possível fazer com um tablet ou smartphone.
Conectado à internet, você pode acessar o dispositivo normalmente, baixando apps e utilizando a tela touch para interagir com eles. Se preferir, o controle também pode ser utilizado para se movimentar entre aplicativos.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Prático e anatômico
Pesando pouco mais de 500 gramas, o formato do controle lembra muito o do Xbox 360. A pegada é firme e o encaixe nas mãos é perfeito. Mesmo sendo mais pesado do que um controle normal por razões óbvias, afinal há uma tela acoplada, isso não resulta em nenhum tipo de incômodo.
Porém, não testamos o produto por um longo período de tempo, de forma que é impossível afirmar se ele se torna cansativo ou não com o uso prolongado.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Seus jogos de PC em qualquer lugar
Para que a experiência do Shield seja possível, é preciso ter em mente três características: capacidade de processamento, conectividade e computação na nuvem. Sem elas, não seria possível transpor de forma digna a mesma usabilidade dos jogos de PC em qualquer outro lugar.
Antes de tudo é preciso que o seu PC também seja compatível com o Shield – em outras palavras, ele precisa estar equipado com qualquer GPU da série GeForce GTX. Depois disso, ao ativar o modo de sincronia via rede WiFi, o Shield assume o controle e passa a ser o seu joystick para o jogo de PC.
Com isso, a mesma experiência que você teria ao visualizar o game na tela do seu monitor passa a estar disponível também na tela de 5 polegadas do Shield, e é justamente nesse ponto que reside o seu maior potencial: a mobilidade.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Games, Tegrazone e PC
O menu principal de jogos é divido em três grandes áreas. Em Games, você tem acesso aos jogos de Android disponíveis em seu console. Em Tegrazone, a nuvem da NVIDIA, é possível conferir outros jogos do SO otimizados para o Tegra 4. Por fim, em PC, é ativado o modo de tela compartilhada.
As possibilidades são muitas: você pode usar o Shield como controle dos seus jogos de PC, usando a tela de 5 polegadas como auxiliar. Se preferir, você pode ir para outro cômodo e continuar o jogo normalmente na tela do portátil. Ou ainda: via cabo HDMI, você pode conectar o Shield na TV e conferir o jogo em questão numa tela ainda maior do que a do seu monitor.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Tempo de resposta adequado
A reprodução dos games que requerem maior capacidade de processamento diretamente no portátil é bastante agradável. Obviamente, a qualidade gráfica deve variar de acordo com a sua placa e com o nível do jogo escolhido. Entretanto, é possível se divertir tranquilamente com a maioria dos títulos.
Depois de sincronizar os dispositivos, você pode optar por manter o jogo apenas no Shield ou de forma simultânea nas duas telas. Seu progresso conquistado no Shield fica automaticamente disponível no PC, e alternar entre um e outro se torna uma tarefa corriqueira. Você pode pausar o game no Shield, fechá-lo e retomar o jogo no PC e vice-versa.
Central de entretenimento
Da mesma forma que é possível “carregar” os seus jogos de PC para qualquer lugar, o Shield se torna também uma central de entretenimento, podendo reproduzir ou gerenciar o conteúdo que você está acostumado a assistir na TV. Novamente, a transição entre um modo e outro é feita em questão de segundos.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Ergonomia
O Shield possui um D-Pad na esquerda, dois controles analógicos na parte central e quatro botões de ação na direita. No centro, existem ainda outros cinco botões, mas para acesso às funções de sistema, como Home, voltar, menu e controle de volume. Além disso, há dois gatilhos na parte superior (esquerda e direita).
Na parte frontal, logo abaixo da tela, há duas caixas de som. Quando fechado, o console tem um formato de concha. A parte metálica localizada no lado de cima do produto pode ser removida, o que indica a possibilidade de personalização no futuro.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Futuro promissor
Para o futuro, a NVIDIA espera ainda que você possa levar a experiência de jogo do seu PC para longe de casa. Para isso, os jogos seriam sincronizados pela nuvem, permitindo o acesso remoto, algo que por enquanto ainda não estará disponível.
A nossa primeira impressão sobre o produto foi bastante positiva. É possível enxergar um bom potencial no Shield, uma aposta para aqueles consumidores que procuram mobilidade. Em nossos testes não percebemos atrasos na transmissão de conteúdo – fator fundamental para o sucesso da proposta do produto.
O Shield já está em pré-venda nos Estados Unidos por US$ 349 (cerca de R$ 700, sem impostos). Embora não exista uma data oficial de lançamento, estima-se que ele possa chegar ao mercado já no próximo mês. Ainda não se sabe se o Brasil fará parte da lista de países em que o Shield estará disponível no lançamento.
O Tecmundo viajou à cidade de Taipei, em Taiwan, para a Computex 2013 a convite da ASUS.