Você com certeza deve ter um smartphone e deve ter também, ou pelo menos já viu alguma coisa a respeito dos smartwatches. Os aparelhos inteligentes já fazem parte do nosso cotidiano e, em breve, farão parte integral de nossas vidas. Como? Com o advento das "smart homes", as casas inteligentes, repletas de eletrodomésticos conectados e que, fatalmente, coletarão informações sobre seus hábitos.
A questão é: você forneceria seus dados pessoais através deles? Uma pesquisa global patrocinada pela Intel Security, chamada de "The Internet of Things and the Smart Home" ("A Internet das Coisas e a Casa Inteligente") mostrou que 61% dos entrevistados faria isso sem problemas, desde que recebessem alguma coisa em troca, como dinheiro. Foram 9 mil pessoas entrevistadas em nove países: Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos.
Smart home: tudo conectado e coletando informações sobre seus hábitos de consumo – muita gente toparia vendê-las em troca de dinheiro ou cupons de desconto
"As smart homes e os dados associados têm a capacidade de aprimorar o cotidiano dos consumidores", afirmou o diretor de tecnologia da Intel Security, Steve Grobman. Muitos dos entrevistados acreditam que as casas inteligentes serão tão comuns em 2025 quanto os smartphones são hoje, mas isso também traz uma preocupação: a fragilidade do mundo virtual e a possibilidade de crimes cibernéticos, tanto para aquisição de informações quanto para alterar o funcionamento dos aparelhos.
A segurança precisa ser essencial para que a Internet das Coisas e, quando utilizada corretamente, será uma grande facilitadora
Grobman entende que a segurança é vital para que o conceito de casa conectada dê certo: "A pesquisa mostra que as pessoas estão dispostas a compartilhar dados por um preço, mas ainda estão preocupadas com as ameaças cibernéticas. A segurança precisa ser essencial para que a Internet das Coisas e, quando utilizada corretamente, será uma grande facilitadora".
Como fazer com que todo o sistema seja mais seguro, então? Para os consumidores entrevistados, os métodos tradicionais, como senhas, não devem ser o suficiente. Por outro lado, a biometria é uma alternativa bem aceita pelas pessoas, seja por impressão digital, reconhecimento de voz ou escaneamento dos olhos. Além disso, 89% dos entrevistados afirmou que optaria por proteger todos os dispositivos inteligentes utilizando um único pacote de segurança integrado.
Um pacote único de segurança utilizando biometria é a solução mais aceita por quem pretende ter uma smart home no futuro
No Brasil
Por aqui, menos da metade dos mil entrevistados (46%) acredita que smart homes serão algo comum em 2025, mas uma boa parte acredita que a casa inteligente pode trazer alguns benefícios, como ter mais tempo de qualidade com a família ou até mesmo para passar mais tempo sozinho ou viajando.
Alguns entrevistados acreditam que dispositivos inteligentes em casa podem até reduzir as brigas com vizinhos
Um número curioso da pesquisa é que 20% dos brasileiros entrevistados acreditam que os dispositivos inteligentes nas smart homes podem, inclusive, reduzir as brigas com vizinhos.
No entanto, os brasileiros se preocupam com outro aspecto que não é apenas a segurança: embora 75% dos consumidores se preocupem com cibercrimes, 64% deles desconfiam também que falhas de conexão, em função da qualidade da internet no país, pode ser um grande problema.
Entre os itens que são esperados pelos entrevistados estão eletrodomésticos inteligentes, sistemas de monitoramento e até mesmo babás virtuais
Entre os produtos que são esperados para compor uma casa inteligente estão a iluminação inteligente, eletrodomésticos como fogão, geladeira, máquinas de lavar louça e roupa, além de sistemas de detecção de insetos, rastreamento médico pessoal e até babás virtuais.
O que você acha? Teremos mesmo casas inteligentes até 2025 aqui no Brasil? Não deixe de comentar com suas impressões e expectativas.
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