(Fonte da imagem: ShutterStock)
Comprar online é muito fácil. Bastam alguns cliques, o número do cartão de crédito e o controle da ansiedade para receber, no conforto do lar, os produtos encomendados. Entretanto, o processo de pagamento pode variar de um site para outro e, em algumas lojas virtuais, pode ser que o cartão de crédito seja o menos vantajoso deles.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Para tornar tudo ainda mais cômodo e favorável para você, preparamos um guia sobre as vantagens e desvantagens de cada método e listamos os casos em que cada um deles se torna mais atraente. Vale a pena ler e, quem sabe, economizar alguns trocados no fim. Com o fim de ano cada vez mais perto, qualquer moedinha a mais é sinônimo de panetones e presentes extras.
1. Cartão de crédito
Obviamente, o cartão de crédito está em primeiro lugar da nossa lista. A principal razão é, sem dúvidas, a agilidade de pagamento. Em questão de segundos o seu pagamento é aprovado pela operadora de créditos, o que torna a compra de serviços online, por exemplo, muito mais dinâmicas.
Mas, além disso, o cartão de crédito possui outras vantagens. Recentemente, o site Lifehacker publicou uma tabela com as principais vantagens de se comprar em determinadas loja com um cartão em específico. No Reino Unido, por exemplo, o cliente do banco Barclaycard que compra na iTunes Store com seu cartão Visa acaba sendo beneficiado com pontos que, mais tarde, podem ser trocados por vale-compras da loja.
No Brasil, muitas lojas e bancos praticam esse tipo de promoção, portanto vale a pena ficar de olho e conhecer os bônus que você pode acumular ao escolher o cartão ideal para a compra. Muitas lojas também fornecem cartões próprios, tanto Visa quanto Mastercard, que, se utilizados, dão direitos a descontos exclusivos ou prazo diferenciado de pagamento. É o caso, por exemplo, de lojas como Submarino e Americanas.
Algumas lojas oferecem descontos para determinados cartões (Fonte da imagem: ShutterStock)
É claro que tanta facilidade oferece riscos. O consumidor deve sempre estar atento antes de informar os seus dados, procure saber se o site é confiável e se oferece sistemas de segurança para a garantia dos pagamentos. Lembre-se, também, de que um site nunca pedirá a senha do seu cartão, por isso não a informe na internet.
Além disso, antes de proceder com a compra em um site estrangeiro, verifique se o seu cartão de crédito está habilitado para transações internacionais. Caso contrário, será necessário entrar em contato com o banco ou operadora de crédito do cartão.
2. PayPal
Pagar compras pelo sistema PayPal também pode render vantagens exclusivas. Talvez a principal delas seja o fato de você não expor seus dados do cartão de crédito (e de documentos), por exemplo, em sites pouco confiáveis. Afinal, compras online exigem muitos cuidados.
Outra vantagem é o fato de que você não precisará mais informar o número do cartão a cada compra realizada em um site novo. Basta, para isso, se conectar ao seu perfil do PayPal e efetuar o pagamento por meio dele. Menos digitação, menos erros. Como se não bastasse, em caso de problemas com a compra, o PayPal pode ajudar você a solucionar o imprevisto, inclusive devolvendo o seu dinheiro no caso de um pedido não entregue.
Como pontos negativos, o PayPal costuma cobrar uma tarifa de 3,5% sobre a conversão de uma compra paga em moeda estrangeira. Ao pagar por um produto em um site de fora do país com o seu cartão de crédito, a conversão da compra será feita, normalmente, no dia do fechamento da fatura, o que pode render um valor mais alto ou mais baixo do que o esperado pelo usuário, já que o câmbio varia diariamente.
PayPal possui taxa de 3,5% para conversão de moedas estrangeiras (Fonte da imagem: Bloomberg)
Porém, ao comprar pelo PayPal, o consumidor pode optar por fechar a compra com base no câmbio do dia, com a conversão feita pelo próprio sistema de pagamento. Nesse caso, uma taxa de 3,5% será cobrada em cima do câmbio comercial.
Sendo assim, vale a pena verificar se a taxa praticada pelo seu cartão de crédito não é menor do que a do PayPal. Além disso, é bom também analisar como está a flutuação da cotação do dólar no período da compra. Se há previsão de alta nos próximos dias, talvez seja mais vantajoso pagar os 3,5% do Paypal do que arriscar a pagar uma conta muito mais alta no fechamento da fatura do cartão de crédito.
Outro caso em que o afiliado ao PayPal pode pagar a mais é no recebimento de pagamentos. Se a pessoa desejar sacar um pagamento de até R$ 249,99, uma taxa de R$ 3 será cobrada. Acima desse valor, a retirada é gratuita.
Lembre-se também de que o PayPal não substitui a operadora de crédito, ou seja, para compras internacionais, é necessário que o seu cartão esteja habilitado para esse tipo de operação.
3. Débito em conta corrente
Para evitar ter que gerar o boleto bancário e entrar, mais tarde, em seu web banking para pagá-lo, alguns sites e bancos oferecem a opção de débito online. Essa é, sem dúvida, uma boa alternativa para quem está sem cartão de créditos e precisa de agilidade na hora do pagamento.
4. Boleto Bancário
Calma, não queremos que você volte para a Idade da Pedra e prefira boletos bancários a transações online, mas o fato é que muitas empresas oferecem descontos de até 10% para quem efetua o pagamento via boleto bancário.
E é claro que isso não é uma ação de caridade: para quem vende pela internet, o boleto bancário oferece um custo de operação menor do que o praticado pelas operadoras de cartão de crédito, que cobram até 6% do valor da compra.
Boletos bancários são antigos, mas ainda oferecem vantagens (Fonte da imagem: UPC Code)
De acordo como Estadão, outra vantagem para o comerciante é o fato de que ele recebe o dinheiro do cliente mais rapidamente, afinal o valor das compras por crédito demora até 30 dias para chegar ao bolso da loja, enquanto o boleto entrega o montante em apenas dois dias.
A desvantagem, é claro, fica por conta da demora na constatação do pagamento, que pode levar até cinco dias úteis. Mas, se você não estiver com pressa, vale a pena aproveitar o desconto, que certamente ajudará a pagar parte do frete.
Para o comerciante, o custo também pesa
Se a forma de pagamento pode trazer vantagens e descontos para o consumidor, ela precisa ser ainda mais bem pensada no caso do comerciante. Para quem mantém uma loja virtual, o assunto não se resume apenas a oferecer diversas alternativas ao cliente, mas também estudar se os custos dessas opções não podem atrapalhar os negócios, tornando-os menos lucrativos.
Uma das melhores opções para o vendedor é, sem dúvida, um gateway de pagamento, ou seja, uma aplicação para e-commerce mantida por operadora financeira e responsável por processar e autorizar as transações das compras online em um site. Porém, de acordo com Daniel Bento, cofundador e CCO da maxiPago!, antes de contratar um serviço, é necessário levar alguns pontos em consideração.
Vendedores também devem ficar atentos aos métodos de pagamento (Fonte da imagem: ShutterStock)
Para Bento, a escolha do gateway de pagamento é um fator estratégico essencial para o sucesso dos negócios. Por isso, ela deve oferecer algumas características, como a flexibilidade de maximizar os seus negócios, a preocupação com a segurança de dados, suporte em português e, principalmente, ser estável o suficiente para não deixar cliente e vendedor na mão: “Se a sua solução de pagamentos estiver fora do ar, você não está vendendo”, reforça o CCO.
Sistemas antifraudes também devem fazer parte da solução contratada, como a existência de uma lista negra de cartões suspeitos. Além disso, dependendo do seu empreendimento, é importante pesquisar o número de transações por segundo que o gateway é capaz de oferecer. Afinal, nada mais frustrante para o cliente do que passar por problemas justo na hora do pagamento. Pensar em pagamentos num nível estratégico “é a chave para maximizar as suas vendas e minimizar os seus custos operacionais”, aconselha Bento.
Fonte: Estadão, PayPal, Lifehacker
Categorias