Fonte da Imagem: Divulgação/Globo Filmes
Tropa de Elite, BOPE, Capitão Nascimento e o “Senta o dedo nessa (censurado)” ficaram mundialmente conhecidos por dois motivos, um bom e um ruim: a qualidade do filme brasileiro que mostrou a realidade da situação policial no Brasil, desmistificando o clichê de “bandido bonzinho que não teve opção na vida” e colocando a atitude de vilão no mocinho do enredo, e a pirataria que levou 11 milhões de pessoas a assistirem cópias piratas antes e depois da estreia no cinema de um dos filmes brasileiros de maior repercussão nacional e internacional.
Em virtude do vazamento de uma versão com qualidade de DVD antes mesmo do lançamento do primeiro filme, um esquema de segurança gigantesco foi montado para garantir que Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora É Outro, que acabou resultando na prisão de cinco pessoas que tentavam filmar Tropa de Elite 2 nos cinemas do Rio de Janeiro e São Paulo.
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A segurança dos cinemas está bastante forte, uma vez que, segundo o Produtor Executivo do filme, James D’Arcy, cada cópia exibida nos cinemas possui uma numeração não visível ao olho nu, mas que permite às autoridades o rastreamento de onde foi feita a cópia pirata (ou seja, em que cinema foi filmado o screener).
Tecnologia de ponta aliada à precaução para impedir a pirataria
O esquema de segurança empregado para o segundo filme da série gerou comentários divertidos até mesmo do pessoal envolvido diretamente com a produção.
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"Vamos montar o filme dentro do caveirão", disse em entrevista um dos produtores do filme, Marcos Prado. “A ilha de edição será quase um bunker. Temos orçamento e equipe só para isso”, continua. De fato, não foi necessário editar a película no interior do carro forte do BOPE, mas a empresa de edição sofreu algumas alterações na segurança para o trabalho.
Segundo James D’Arcy, “os HDs contendo cópias dos filmes foram criptografados e somente duas pessoas tinham acesso à senha”. Sabe-se que foram utilizadas câmeras de vigilância 24 horas para o monitoramento, e que todos os computadores envolvidos com o filme tiveram sua conexão com a internet cortada para evitar vazamentos.
Após a confecção das cópias que foram enviadas para os cinemas, os rolos de filme ficaram armazenados em dispositivos com localizadores. Ainda segundo James D’Arcy, “cada cópia tem em sua lata um chip de GPS para rastrear sua localização”. Desta forma, o trajeto entre a empresa de duplicação e as salas de cinema foi completamente monitorado, e qualquer unidade que saísse da trajetória esperada poderia ser facilmente localizada e recuperada.
O esquema de segurança foi tão forte que D’Arcy completa: “Nunca vi no cinema brasileiro essa atenção e cuidado para proteger um filme”. De fato, faltaram apenas policiais do BOPE, armados com fuzis e granadas (além de sacos plásticos e cabos de vassoura) dentro dos cinemas, gritando “Pede para sair” aos piratas com suas filmadoras!