Os engenheiros da Open BCI, uma empresa de tecnologia especializada em impulsos cerebrais, desenvolveram uma maneira de coordenar com a mente o balão de controle remoto produzido pela Air Swimmers. Em outras palavras, o bichão de plástico é guiado totalmente por eletrodos utilizados pelos cientistas.
O projeto segue a mesma linha do drone e do braço robótico comandado por sinais mentais. Pode não parecer grande coisa, mas iniciativas como esta podem ajudar na expansão dos estudos sobre a ligação do cérebro humano com a tecnologia.
Como funciona?
Os cinco engenheiros são responsáveis por cada uma das ações do balão. Um deles controla a velocidade, o outro vira para a esquerda, o seguinte para a direita, e assim sucessivamente. O centro de comando é um equipamento eletroencefalográfico que traduz os impulsos elétricos emitidos pelo cérebro em movimentos do motor do “tubarão”.
E no que as pessoas devem pensar para dirigir o brinquedo? De acordo com Chip Audette, o diretor do projeto, é preciso pensar em ações simples definidas pela equipe. Por exemplo: imaginar que está fechando o punho direito faz com que o dirigível vire para a direita.
Por mais incrível que pareça, a pesquisa foi relativamente barata. Os cientistas utilizaram uma placa com um processador de 32 bits capaz de registrar até oito canais de ondas cerebrais ao mesmo tempo. Ao todo, o equipamento custou cerca de US$ 450 (R$ 1.800).
Ainda há limitações
Como você viu no vídeo da matéria, mais de uma pessoa controla o tubarão flutuante. O problema é que o receptor não consegue processar mais de um sinal vindo da mesma fonte, ou seja, da mesma pessoa.
Audette conseguiu contornar esse obstáculo com uma solução simples: inserir mais dispositivos de entrada de informações, ou seja, mais usuários para operar um único equipamento. Se os avanços continuarem nessa velocidade, talvez vejamos algumas tecnologias interessantes com o uso de controle mental no futuro.
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