#AstroMiniBR: novos alvos na busca por vida extraterrestre

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Toda a semana, o TecMundo e equipe do #AstroMiniBR, as notícias astronômicas mais relevantes, para compartilhar com você, um pouco mais do inusitado universo da astronomia. Confira!

1. Os "mundos hyceanos" no espaço!


Uma nova hipótese tem sido testada na busca por vida fora da Terra: os chamados mundos "hyceanos" — exoplanetas com vastos oceanos cobertos por atmosferas ricas em hidrogênio — podem ser ambientes propícios para a vida. Esses planetas, maiores que a Terra, possuem atmosferas espessas que facilitam a detecção de biossinaturas.
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Representação artística de um mundo com “hyceanos”. (Fonte: Astronomy.com)
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) é capaz de identificar gases como metil-haletos, produzidos na Terra por organismos vivos como bactérias e algas oceânicas. A presença desses gases em exoplanetas hyceanos poderia indicar processos biológicos ativos. Um exemplo promissor é o exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz na constelação de Leão.

Observações anteriores já detectaram vapor d"água em sua atmosfera, e dados mais recentes do JWST revelaram a presença de dióxido de carbono e metano, além de indícios de sulfeto de dimetila, uma substância que, na Terra, é exclusivamente produzida por plâncton marinho. Essas descobertas reforçam a hipótese de que K2-18b possa ser um mundo hyceano com potencial para abrigar vida.

A identificação de biossinaturas em exoplanetas amplia nossa compreensão sobre a diversidade de ambientes habitáveis no universo. Os mundos hyceanos apresentam uma nova perspectiva na busca por vida extraterrestre, sugerindo que formas de vida podem existir em condições diferentes das encontradas na Terra.

2. A Lua está se afastando da Terra!

A Lua está se afastando lentamente da Terra a uma taxa de aproximadamente 3,8 centímetros por ano. Esse fenômeno ocorre devido à interação gravitacional entre os dois corpos, mais especificamente pelas marés que a Lua provoca nos oceanos terrestres. À medida que a Terra gira, a gravidade lunar atrai as águas oceânicas, criando protuberâncias conhecidas como marés.
No entanto, devido à rotação mais rápida da Terra em relação à órbita da Lua, essas marés ficam ligeiramente à frente do nosso satélite natural, exercendo uma força que acelera a Lua e a empurra gradualmente para uma órbita mais distante.

Esse afastamento contínuo tem consequências de longo prazo para o sistema Terra-Lua. No passado, quando a Lua estava muito mais próxima, os dias terrestres eram significativamente mais curtos, com a Terra girando mais rapidamente.

À medida que a Lua se afasta, a rotação do nosso planeta também desacelera devido à conservação do momento angular do sistema. Isso significa que, daqui a milhões de anos, os dias terrestres serão mais longos do que são hoje. Estima-se que, há bilhões de anos, um dia terrestre durava apenas algumas horas, e no futuro distante pode ultrapassar às 30 horas.

No entanto, o afastamento da Lua não será infinito. Os cientistas preveem que, em alguns bilhões de anos, a Lua atingirá um ponto em que sua órbita se estabilizará, entrando em ressonância com a rotação da Terra.

Antes disso, porém, nossa estrela, o Sol, entrará em sua fase final de evolução, se tornando uma gigante vermelha e alterando drasticamente as forças gravitacionais do Sistema Solar. Isso pode mudar completamente a trajetória da Lua, levando a um possível destino incerto para o satélite.

3. Uma nova hipótese acerca dos buracos negros

Os buracos negros podem não conter singularidades centrais, é o que sugere uma nova hipótese científica que desafia a visão tradicional de que esses objetos possuem pontos de densidade infinita onde as leis da física se rompem.

De acordo com essa pesquisa, é possível conceber buracos negros sem singularidades, o que os tornaria mais compatíveis com as leis conhecidas da física.

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Simulação de um buraco negro e sua região de entorno. (Fonte: NASA)

A teoria da relatividade geral de Einstein prevê que objetos massivos curvam o tecido do espaço-tempo, e a gravidade surge dessa curvatura. No entanto, ao aplicar essas equações ao interior de um buraco negro, os valores matemáticos tendem ao infinito na singularidade central.

A nova hipótese propõe uma reformulação dessas equações, eliminando a necessidade de uma singularidade e sugerindo que os buracos negros podem ser descritos de maneira mais consistente com as leis físicas atuais.

Essa abordagem oferece uma perspectiva renovada sobre a natureza dos buracos negros e pode ajudar a resolver paradoxos de longa data na física teórica. Ao remover a singularidade, os cientistas esperam desenvolver modelos mais precisos desses objetos cósmicos, facilitando a compreensão de fenômenos como a formação de buracos negros e o comportamento da matéria em condições extremas.

Essa teoria continua em desenvolvimento e requer mais pesquisas para ser confirmada, mas representa um passo significativo na busca por uma compreensão mais profunda dos buracos negros e das leis fundamentais que regem o universo.

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