Substância semelhante à anfetamina é encontrada em cigarros eletrônicos

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Imagem: Getty Images/Reprodução

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) encontraram uma substância semelhante à anfetamina em cigarros eletrônicos vendidos ilegalmente no Brasil. Detalhes do estudo, feito em parceria com a Polícia Científica do Estado, foram divulgados no mês passado.

A substância em questão é a octodrina, detectada nas 10 amostras de três marcas diferentes analisadas durante o trabalho e capaz de aumentar o potencial de vício do vape. Apesar da presença da droga, não havia nenhuma informação sobre ela nas embalagens desses produtos, levando os usuários a consumi-la sem que soubessem.

O Brasil tem cerca de 2 milhões de usuários de vape. (Imagem: Getty Images)O Brasil tem cerca de 2 milhões de usuários de vape. (Imagem: Getty Images)Fonte:  Getty Images/Reprodução 

De acordo com os autores da pesquisa, a octodrina faz parte da mesma família da anfetamina e compartilha efeitos semelhantes aos da droga sintética. Ainda não se sabe a quantidade exata da substância presente nos dispositivos, mas os autores suspeitam que não seja pouco, devido à detecção nos testes.

“Existe uma grande diversidade de substâncias no grupo das anfetaminas. O fato é que todas agem de forma semelhante no sistema nervoso central: deixando o indivíduo mais agitado, mais animado, mais excitado. Por outro lado, também pode causar dano no coração”, explicou a pesquisadora da UFSC, Camila Marchioni, à Agência Brasil.

Possibilidade de outras substâncias tóxicas

Ainda conforme a coautora do estudo, o cigarro eletrônico pode conter diversas outras substâncias prejudiciais à saúde, trazendo uma série de riscos para os usuários. Como a comercialização do produto é proibida no país, não há qualquer controle de qualidade.

Os pesquisadores também ressaltam que há diferentes versões do dispositivo à venda, dificultando ainda mais verificar o que existe em cada um deles. Mas de modo geral, as substâncias mais comuns nos vapes são nicotina, formaldeído, acetona, propilenoglicol, acroleína, glicerol e acetaldeído.

Levantamentos recentes sugerem que 2 milhões de brasileiros fazem uso de cigarros eletrônicos, mesmo com a proibição. O dispositivo frequentemente apontado como substituto do cigarro convencional é bastante popular entre os jovens, principalmente.

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