Futura concorrente da Starlink, a estatal chinesa Shanghai Spacecom Satellite Technology (SSST) está perto de lançar os primeiros satélites que irão formar a sua megaconstelação na órbita da Terra, conforme atualizações divulgadas pelo China Securities Journal na última segunda-feira (05). A missão deve acontecer ainda este ano.
Sem uma data exata definida, por enquanto, a nave com os equipamentos vai decolar do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, que fica na província de Shanxi, na região norte da China. O plano da empresa é levar 108 satélites nesta viagem inaugural do sistema que pretende fornecer internet via satélite em todo o planeta.
Satélites da Starlink são frequentemente confundidos com OVNIs. (Imagem: Unsplash)Fonte: Unsplash
Já em 2025, o cronograma prevê o lançamento de mais 648 satélites da SSST, que quer colocar o serviço disponível globalmente em 2027, chegando para concorrer com a banda larga comercializada pela empresa de Elon Musk. Atualmente, a plataforma da SpaceX conta com cerca de 6 mil satélites.
Quando completa, a megaconstelação da estatal chinesa deverá ter um total de 15 mil satélites, por volta de 2030, se não houver nenhum atraso. Ela planeja comercializar a conexão para clientes residenciais e empresas, além de atender às forças militares do país asiático e nações parceiras.
Mais baratos e eficientes
O lançamento dos satélites chineses previsto para acontecer ainda este ano faz parte do projeto “Constelação de Mil Velas”, iniciado em 2023. A operação contempla o uso de satélites de órbita terrestre baixa (LEO), que operam em altitudes variando de 300 km a 2.000 km acima da superfície da Terra.
Esses equipamentos apresentam um custo de manutenção reduzido na comparação com os dispositivos que operam em órbitas mais altas. Além disso, fornecem transmissões mais eficientes, atendendo aos usuários que buscam conexões de alta velocidade para navegar em diferentes dispositivos.
Além deste, a China possui outros dois projetos de internet via satélite para rivalizar com a Starlink. O gigante asiático também tem demonstrado preocupações com a rede da SpaceX, chegando a sugerir que os dispositivos da empresa de Musk poderiam ser usados militarmente contra o país em caso de conflito com os Estados Unidos.
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