Civilização humana pode ser o único tipo de vida inteligente da galáxia, diz estudo

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A busca pela presença de alienígenas acontece desde as civilizações primitivas que habitavam a Terra; afinal, muitas pessoas acreditam que a humanidade não está sozinha em um universo tão grande. Mas talvez isso seja uma meia verdade. Um novo estudo aponta que os humanos estão sozinhos no cosmos, pelo menos na Via Láctea, pois não deve existir outro tipo de vida inteligente na região.

De acordo com um artigo publicado na revista científica Scientific Reports, uma equipe de cientistas dos Estados Unidos e da Suíça coletou novos dados que sugerem por que não encontramos nenhum tipo de vida inteligente. Os pesquisadores acreditam que as placas tectônicas são uma das características responsáveis por impulsionar a evolução da vida e, talvez por isso, não encontramos nenhum alienígena por aí.

A equação de Drake é uma famosa equação, desenvolvida pelo astrônomo norte-americano Frank Drake em meados da década de 1960, que tenta estimar o número de civilizações inteligentes na nossa galáxia. Contudo, os autores do artigo afirmam que a equação pode ter negligenciado o papel dos oceanos e continentes na formação da vida inteligente; talvez seja ainda, mais difícil do que Drake previu.

“A vida existe na Terra há cerca de 4 bilhões de anos, mas organismos complexos como os animais só apareceram há cerca de 600 milhões de anos, o que não é muito depois do início do episódio moderno das placas tectônicas. As placas tectônicas impulsionam realmente a máquina da evolução e achamos que entendemos o porquê”, disse um dos autores e geocientista da Universidade do Texas, Robert Stern, em um comunicado oficial.

Via Láctea: há vida inteligente na galáxia?

Os cientistas explicam que o movimento lento das placas tectônicas é de extrema importância para o desenvolvimento de uma vida complexa como a dos seres humanos. Eles argumentam que, na falta desses processos, provavelmente a vida não evoluiria além de formas mais simples e microbianas.

O objetivo do novo estudo é refinar a Equação de Drake para possibilitar uma formulação que apresente as características reais necessárias para buscar vida inteligente na Via Láctea.

A Equação de Drake contrasta com o Paradoxo de Fermi, que questiona a ausência de evidências de alienígenas apesar da existência de muitos planetas com condições favoráveis para a vida.A Equação de Drake contrasta com o Paradoxo de Fermi, que questiona a ausência de evidências de alienígenas apesar da existência de muitos planetas com condições favoráveis para a vida.Fonte:  Getty Images 

Os pesquisadores afirmam que os ajustes dessas características na equação devem reduzir drasticamente as estimativas de seres vivos inteligentes em nossa galáxia. Inclusive, ao adicionar essa particularidade, estima-se que existam muito menos planetas que apresentem água e atributos de placas tectônicas.

Alguns resultados da Equação de Drake afirmam que existem até 0,2% de objetos rochosos como a Terra, mas os novos atributos do estudo reduziram esse número para 0,003%.

“A biogeoquímica postula que a Terra sólida, particularmente as placas tectônicas, acelera a evolução das espécies. Estudos como o nosso são úteis porque estimulam o pensamento amplo sobre mistérios maiores e fornecem um exemplo de como podemos aplicar o nosso conhecimento dos sistemas da Terra a questões interessantes sobre o nosso universo”, Stern acrescenta.

Fique por dentro de mais novidades sobre espaço e astronomia aqui TecMundo. Se desejar, aproveite para explorar as 7 teorias mais prováveis sobre a origem da vida. Até a próxima!

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