A taxa de expansão do universo, também chamada de constante de Hubble, é considerada uma das descobertas fundamentais da cosmologia moderna, pois auxilia os cientistas na compreensão da evolução do universo. Há pouco, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) e a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciaram que os telescópios espaciais da atualidade confirmam a taxa.
Em um estudo publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters, os pesquisadores das agências espaciais descrevem que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) e o telescópio Hubble coletaram dados que confirmam a taxa de expansão do cosmos.
O primeiro telescópio a fornecer dados sobre esse tema foi o Hubble e, recentemente, os cientistas utilizaram o James Webb para confirmar a informação.
A imagem apresenta uma comparação das observações do Hubble e do Webb de uma estrela supergigante amarela (Cefeida).Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / A. Riess
Muitos cientistas detalharam que as medições do Hubble sobre a taxa de expansão não concordam com outros cálculos. Até aí, os astrônomos acreditavam que talvez as observações estavam incorretas, mas o James Webb realizou medições e entregou resultados que concordaram com os dados do antigo telescópio. Agora, os estudiosos sabem que o Hubble estava correto desde o início.
"Com os erros de medição negados, o que resta é a possibilidade real e excitante de termos compreendido mal o universo. Podemos descartar um erro de medição como a causa da tensão do Hubble com uma confiança muito alta. Combinar Webb e Hubble nos dá o melhor dos dois mundos. Descobrimos que as medições do Hubble permanecem confiáveis à medida que subimos mais ao longo da escada de distância cósmica", disse o físico da Universidade Johns Hopkins e ganhador do Nobel, Adam Riess.
Taxa de expansão do universo
Os dados coletados pelos telescópios resultam em um enigma chamado Tensão de Hubble, um mistério ainda não resolvido sobre a taxa de expansão do universo em comparação com a taxa do universo primordial. Segundo os pesquisadores do estudo, alguns erros realmente podem ocorrer na medição quando começamos a observar mais profundamente o cosmos; por exemplo, a aglomeração estelar pode afetar a aferição do brilho das estrelas mais distantes.
A galáxia NGC 5468 (imagem) foi fotografada combinando dados dos telescópios Hubble e James Webb.Fonte: NASA / ESA / CSA / STScI / A. Riess
Os astrônomos acreditam que essa discrepância sugere que está faltando algo na física que ainda não compreendemos; provavelmente, não é um erro de medição, já que ambos os telescópios confirmaram os mesmos dados. Os observatórios espaciais mais modernos, como o Telescópio Espacial Romano Nancy Grace e Telescópio Euclid, podem ser decisivos para o entendimento da Tensão de Hubble.
“A confirmação adicional da Tensão Hubble por Hubble e Webb cria outros observatórios para possivelmente resolver o mistério. O próximo Telescópio Espacial Nancy Grace Roman da NASA fará amplas pesquisas celestes para estudar a influência da energia escura, a energia misteriosa que está causando a aceleração da expansão do universo. O observatório Euclid da ESA, com contribuições da NASA, está a realizar uma tarefa semelhante”, é descrito em um comunicado da NASA.
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