De acordo com uma pesquisa divulgada pela Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, os futuros habitantes da Terra podem sofrer com um colapso da civilização: o problema é o excesso de pessoas e de consumo no planeta. Atualmente, existem cerca de oito bilhões de pessoas vivas na Terra, contudo, há aproximadamente 200 anos, o número total era de apenas um bilhão de pessoas.
Os pesquisadores sugerem que, entre 1800 e 2023, o número populacional do planeta aumentou cerca de sete bilhões. Em um estudo publicado na revista científica World, um cientista afirma que a população está utilizando os recursos da Terra em uma taxa avançada e, infelizmente, o resultado desse crescimento constante pode causar um tipo de 'correção populacional'.
O autor do estudo e associado da Universidade da Colúmbia Britânica, William Rees, explica que a população mundial está excedendo o uso de recursos da Terra e que, provavelmente, será difícil de corrigir o problema. No pior cenário, ele diz que isso pode desencadear um colapso da civilização antes do final deste século.
O estudo explica que o consumo excessivo de recursos naturais pode contribuir para o colapso da civilização como conhecemos.Fonte: Getty Images
“O Homo sapiens evoluiu para se reproduzir exponencialmente, expandir geograficamente e consumir todos os recursos disponíveis. Durante a maior parte da história evolutiva da humanidade, essas tendências expansionistas foram combatidas por feedback negativo. No entanto, a revolução científica e o uso de combustíveis fósseis reduziram muitas formas de feedback negativo, permitindo-nos realizar todo o nosso potencial de crescimento exponencial”, é descrito no artigo.
Colapso da civilização?
Para Ress, a humanidade se esqueceu que faz parte da seleção natural e que, por mais que possamos parecer no ápice da cadeia alimentar, a natureza pode não ser tão gentil conosco no futuro. O cientista argumenta que o consumo excessivo deve crescer à medida que a população aumenta e conquista mais segurança financeira.
O pesquisador acredita que a Terra já está passando por diferentes problemas por conta do excesso de consumo, como a mudança climática. Rees explica que as atuais soluções de energias renováveis não são o bastante para solucionar o problema, inclusive, algumas delas podem potencializar ainda mais o consumo excessivo.
É importante destacar que as informações são parte de um estudo sobre o consumo excessivo da humanidade; ou seja, não é uma previsão do que será o futuro do planeta.
"Embora nenhum sintoma importante de 'excesso ecológico avançado' possa ser tratado adequadamente isoladamente dos outros, abordar o 'excesso ecológico avançado' diretamente reduziria todos os sintomas importantes simultaneamente. No melhor dos mundos possíveis, toda a transição pode realmente ser gerida de forma a evitar o sofrimento desnecessário de milhões (bilhões?) de pessoas, mas isso não está acontecendo — e não pode acontecer — em um mundo cego para sua própria situação”, Rees argumenta no estudo.
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