Hoje, 4 de maio, é Dia de Star Wars. A data, fixada graças a um trocadilho com a famosa frase "May the Force be with you", é comemorada no mundo inteiro. Os fãs da saga aproveitam o dia para uma série de eventos, como exibição de filmes, jogos, concursos de cosplay e lançamentos de produtos temáticos.
Objeto de desejo de qualquer fã, o sabre de luz tem sido copiado com diversas funcionalidades, mas, até o momento, longe de cortar portas de segurança e detonar armaduras droid.
Para dar um parecer científico sobre o assunto, o pesquisador da Faculdade de Ciências Naturais, Matemáticas e de Engenharia do King's College London, Robert Jones, explicou em uma postagem no site The Next Web, a construção teórica de um sabre de luz real.
Como construir um sabre de luz: ingredientes e preparo
O feixe do sabre de luz pode ser obtido com um combustível para churrasco.Fonte: Getty Images
De acordo com Jones, há seis pré-requisitos essenciais que todo sabre de luz deve ter: luz e brilho durante o uso, cortar objetos, ser retrátil, fazer aquele barulhinho sibilante, cruzar com outro sabre de luz sem quebrar e, principalmente, seguir a “regra do cool” (a estética do personagem é mais importante do que a lógica).
Como não temos cristais Kyber disponíveis na Terra, temos que usar uma mistura fluida de combustível e oxidante para fazer um feixe único de alta intensidade e poder de corte. O combustível não precisa ser sofisticado: basta um desses cilindros de propano para churrasco que são vendidos na internet.
O outro ingrediente é o chamado fluxo laminar, princípio físico em que as partículas que compõem o fluido (ou gás) se movem em camadas paralelas suaves na mesma direção e sem colidir umas com as outras. Um exemplo disso é a água do nosso banho fluindo do chuveiro.
Sabre de luz: finalizando
O brilho do sabre vem da queima de combustível e oxidante.Fonte: Getty Images
A cor da lâmina, explica Jones, pode ser obtida através da queima de alguns compostos químicos no final do punho. Assim, para conseguir o famoso vermelho Sith, podemos usar o metal estrôncio. Já o roxo Mace Windu pode ser obtido com cloreto de potássio.
Mais complexa, a questão de cruzar a lâmina com a do inimigo sem romper é solucionada pelo físico inglês com um teórico núcleo de material de alto ponto de fusão — uma liga de carboneto de tântalo e háfnio, por exemplo – estendida telescopicamente com a chama superquente do propulsor.
Fontes