Uma poderosa erupção no Sol de classe X2, considerada a mais forte dos últimos anos, foi registrada na sexta-feira (17). O evento, seguido por uma tempestade solar com duração superior a uma hora, causou interrupções em serviços de rádio no lado iluminado da Terra.
Também conhecida como “flare” (lampejo), a erupção solar é uma explosão repentina que acontece na superfície do astro, tendo como causa as mudanças no campo magnético da estrela. A mais recente surgiu de uma mancha solar denominada Active Region 3229, segundo o site Spaceweather.com.
Imagens da enorme explosão solar foram capturadas pela sonda Solar Dynamics Observatory, da NASA, que tem como missão observar o Sol. Ela aparece aos 44 segundos do vídeo abaixo, que reúne registros de mais de 30 explosões do tipo e 28 ejeções de massa coronal (CMEs) ocorridas na semana passada.
Happy #SunDay! This week’s space weather report includes 36 notable solar flares, 28 coronal mass ejections, and no geomagnetic storms. This video of the Sun from NASA’s Solar Dynamics Observatory includes an X-class solar flare (the most powerful kind of flare) at 0:44. pic.twitter.com/u7YEyGMhND
— NASA Sun & Space (@NASASun) February 19, 2023
A erupção desencadeou uma CME que viajou a cerca de 1,6 milhão de km/h em direção à Terra, tornando as auroras boreais mais intensas, coloridas e visíveis até o sul dos estados de Idaho e Nova York, nos Estados Unidos, no dia seguinte à ocorrência. Além das comunicações, as tempestades solares podem afetar os sistemas de energia, causando danos a alguns equipamentos.
Como são classificadas as explosões solares
De acordo com a agência espacial americana, as erupções solares são classificadas com letras e números que representam a intensidade de cada uma delas. Os flares de classe A são os mais fracos, enquanto os de classe B, C e M recebem classificação de moderados e os de classe X, como a da última semana, são os mais poderosos.
Já os números que acompanham as letras representam a magnitude do evento — quanto maior a numeração, mais forte é a explosão. Nesta erupção em questão, a classificação dada pela NASA foi X2.2, uma das maiores registradas no Ciclo 25 do Sol, que também pode trazer problemas para os sistemas de navegação e riscos para espaçonaves e astronautas.
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