Pesquisadores da Universidade Macquarie, Austrália, e do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, revelaram imagens detalhadas de supernovas, produzidas por dois radiotelescópios, operados pela Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO).
Uma supernova é uma explosão de uma estrela gigante que chegou ao fim de sua vida.
As teorias atuais descrevem a existência de milhares de supernovas na nossa galáxia, mas até o momento, poucas haviam sido catalogadas.
Mas agora, graças à atuação conjunta dos radiotelescópios ASKAP e Parkes, isso pode mudar.
As supernovas são formadas pela explosão de estrelas massivas.Fonte: Shutterstock
Participantes de projetos de mapeamento do universo, os radiotelescópios foram escolhidos por suas propriedades especiais.
O radiotelescópio ASKAP é capaz de gerar imagens em alta resolução, com uma incrível riqueza de detalhes. Já o famoso "prato" de Parkes é notável por sua capacidade de analisar espaços longínquos em nossa galáxia.
Com suas especificidades unidas, conseguiram produzir imagens jamais vistas, de novas e supernovas.
Imagem do telescópio ASKAP, mostrando parte do plano explorado. Os pontos e manchas são as estrelas remanescentes.Fonte: R. Kothes (NRC)/EMU/POSSUM
Os pesquisadores ficaram surpresos com a riqueza de detalhes captada pela composição das imagens dos telescópios.
Em apenas uma pequena porção, os cientistas conseguiram identificar ao menos 20 novas remanescentes. Anteriormente, apenas 7 eram conhecidas nesse território.
Composição das imagens de ASKAP e Parkes. Não apenas um cemitério, mas também um berço de estrelas.Fonte: R. Kothes (NRC)/PEGASUS
As imagens revelam muito mais do que um cemitério de estrelas. Enquanto as manchas brilhantes, em tons mais claros, representam as novas e supernovas, a mancha verde representa o gás hidrogênio, que as permeia.
As nebulosas, formadas pelo material despejado no momento da transformação da supernova, gera a receita para a formação de novos astros. Sendo assim, essa composição também apresenta um berço de estrelas.
A Via Láctea finalmente irá começar a revelar suas surpresas.Fonte: Shutterstock
Os pesquisadores explicam que essa descoberta é apenas o início do mapeamento de nossa galáxia.
Eles esperam que ao final do projeto, ao menos 1.500 estrelas remanescentes sejam catalogadas, com uma imagem final 100 vezes maior que a atual.
Pelos próximos anos, podemos aguardar mais imagens de tirar o fôlego e novas descobertas, que serão essenciais para a compreensão da história da nossa galáxia.
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