Algumas pessoas já começaram a perceber que a mudança climática foi responsável por aumentar as temperaturas nos últimos anos, principalmente, aqueles que sentiram o calor na pele. Segundo o serviço de monitoramento climático Copernicus Climate Change Service, da União Europeia, o último ano é considerado o quinto ano mais quente da história.
Na última terça-feira (10), a agência europeia confirmou que estamos vivendo um dos períodos mais quentes, pelo menos, em relação às temperaturas registradas desde o século 19. Além disso, eles apontam que os últimos oito anos foram considerados os mais quentes desde que a humanidade começou a registrar a temperatura da Terra.
Infelizmente, o ano foi marcado por desastres naturais e clima quente em todo o mundo. Enquanto o norte da Índia sofreu com ondas de calor e temperaturas muito acima de 40 graus, o Paquistão passou pelo mesmo clima quente e ainda sofreu com inundações que afetaram mais de 33 milhões de pessoas.
Em 2022, a Europa sofreu com o dobro da temperatura média dos últimos 30 anos.Fonte: Shutterstock
Na Europa, a França, Grã-Bretanha, Espanha e Itália, foram registrados novos recordes de temperatura média. Contudo, em geral, todos os países da região sofreram com o clima, já que as temperaturas aumentaram mais que o dobro da média nos últimos 30 anos — a alta foi maior na Europa que em qualquer outro continente.
Mudanças climáticas
“2022 foi mais um ano de extremos climáticos na Europa e no mundo. Esses eventos destacam que já estamos experimentando as consequências devastadoras de nosso mundo em aquecimento”, disse a vice-chefe do serviço de mudanças climáticas do Copernicus, Samantha Burges.
A China, Oriente Médio, Ásia Central e o norte da África também bateram recordes de calor no último ano. Inclusive, a China e a Europa apontam que o clima gerou efeitos negativos no transporte fluvial, na agricultura e no gerenciamento de energia.
No Canadá, dezenas de pessoas morreram após um período de calor extremo no verão de 2021.Fonte: Shutterstock
A temperatura também causou problemas em regiões supergeladas, como na Antártica Oriental, que registrou o maior recorde de calor dos últimos 65 anos — a temperatura chegou a 17,7 graus negativos. A extensão do gelo no mar da Antártica também registrou os menores níveis dos últimos 44 anos.
O problema dessa situação está relacionado, principalmente, aos gases de efeito estufa que acumulam na atmosfera e, assim, causam o aquecimento global. Por exemplo, o último ano registrou o nível mais alto de CO2 nos últimos 2 milhões de anos, enquanto o metano alcançou os níveis mais altos em 800 mil anos.
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