A NASA flagrou um buraco negro engolindo uma estrela que estava à deriva no espaço, até ser atraída por seu forte campo gravitacional. O buraco negro é cerca de 10 milhões de vezes mais massivo do que o nosso Sol (que em termos comparativos representa a diferença entre uma bola de boliche e o Titanic) e está localizado a 250 milhões de anos-luz de distância da Terra, no centro de outra galáxia.
À medida que a estrela era devorada, seu material composto principalmente por gás quente caminhava em direção ao núcleo da singularidade, formando um disco brilhante. O processo deu origem a uma corona, estrutura ultraquente em forma de nuvem de plasma (átomos de gás com seus elétrons arrancados), vista logo acima do buraco negro.
Um buraco negro supermassivo foi visto engolindo uma estrela, em uma galáxia a 250 milhões de anos-luz de distância da TerraFonte: NASA/Reprodução
A observação pode ajudar cientistas a entender melhor o comportamento alimentar do fenômeno, bem como saber o que acontece com o material capturado por um desses gigantes, antes de ser totalmente devorado. Chamado de “evento de ruptura de maré”, o processo que leva à destruição estelar pelas forças de um buraco negro é considerado um dos mais violentos no Universo.
Tais eventos emitem comprimentos de onda em quase todo o espectro eletromagnético, criando shows de luz de radiação. O vislumbre foi possível graças à proximidade de vários telescópios espaciais e ao trabalho em estações terrestres. Dentre os principais instrumentos e locais que captaram a intensa emissão de raios-X estão o satélite Nuclear Spectroscopic Telescopic Array (NuSTAR) e o Observatório Palomar (localizado na Califórnia).
O fenômeno observado deu origem a um estudo publicado na revista científica The Astrophysical Journal. O trabalho forneceu uma visão sem precedentes da formação e evolução da corona, que ainda deve ajudar astrônomos a desvendar o papel que a gravidade de um buraco negro tem em manipular o material ao seu redor.
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