A SpiN-Tec, primeira vacina contra a covid-19 com tecnologia inteiramente nacional, começou a ser testada em humanos na manhã da sexta-feira (25), pela instituição responsável pelo seu desenvolvimento: a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O imunizante foi desenvolvido no Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da universidade mineira.
A pesquisa para a produção da vacina começou em novembro de 2020, através de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz Minas), e recebeu investimentos de cerca de R$ 16 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), através da RedeVírus, da Finep e do CNPq.
Como age a vacina SpiN-Tec da UFMG?
Fonte: UFMG/CTVacinas/DivulgaçãoFonte: UFMG/CTVacinas
O diferencial esperado para a SpiN-Tec é que ela possa funcionar como "pancoronavírus", ou seja, que a vacina seja capaz de defender o organismo contra todas as variantes da doença, inclusive a ômicron e suas subvariantes. Para atingir esse resultado, explica em nota o coordenador do projeto, Ricardo Gazzinelli, "incluímos no imunizante uma proteína que não muda de variante para variante".
O antígeno, substância do imunizante que estimula a produção de anticorpos tem, na nova vacina, duas proteínas do SARS-CoV-2: a Spike (S) e o nucleocapsídeo (N), iniciais que formam o nome SpiN.
Enquanto as vacinas atuais contra a covid-19 provocam respostas dos anticorpos neutralizantes, "a SpiN-Tec MCTI UFMG foi desenvolvida para induzir resposta dos linfócitos-T, ou seja, ela gera uma resposta contra várias partes da molécula do vírus, e não apenas contra um de seus segmentos, como ocorre com as vacinas atuais", explica o professor Gazzinelli.
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