A 27ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP27), teve início no domingo (6), em Sharm El-Sheikh, no Egito. O Brasil pode ter papel importante na edição deste ano, trazendo em sua agenda a discussão sobre desigualdades sociais, ambientais e o combate à fome.
Durante o evento, espera-se que novas estratégias sejam pensadas e firmadas entre os países participantes em prol da mitigação dos efeitos da mudança climática.
Uma discussão sobre o aumento, sem precedentes, da emissão dos gases do efeito estufa, também é esperada para a COP deste anoFonte: Foto de Marek Piwnicki/ Pexels
O que é a COP27?
A sigla COP é originária do termo "Conferência das Partes", um termo genérico, que pode sinalizar diversos tipos de comitês criados para celebrar acordos internacionais.
Mas com a assinatura da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em 1992, no Rio de Janeiro, a sigla COP ficou intimamente ligada ao tema.
Desde então, a sigla vem acompanhada pelo número que indica a edição do evento, que ocorre anualmente, salvo exceções.
Tratando de diversos assuntos ligados à preservação do meio ambiente, do homem, e sobre suas pegadas no mundo, a conferência muda de cidade, e país, a cada edição.
Podem participar do evento não apenas países e seus representantes, mas também grupos que defendem os interesses de setores, como o de produção de energia por combustíveis fósseis, e ativistas ambientais.
Neste ano, entre os dias 6 e 18 de novembro, esses grupos e países irão discutir quais as melhores ações para a diminuição dos efeitos climáticos, financiamento de estratégias, e firmar novos acordos a fim de atingir as metas para os próximos anos.
Discussões como: a necessidade urgente da diminuição da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, devem fazer parte das pautas durante os dias do evento.Fonte: Pixabay/Pexels
O que o Brasil tem para mostrar na COP27?
Nosso país tem um nome de destaque como conselheira da presidência da COP27: Izabella Teixeira.
Em entrevista à revista Valor, a ex-ministra do Meio Ambiente destacou a necessidade de "fazer uma transformação no modo em que produzimos alimentos, e unir a agricultura de baixo carbono à segurança alimentar. É associar a luta climática à luta global de combate à fome."
A insegurança alimentar tem papel ambíguo no impacto das desigualdades sociais e como contribuinte para a mudança climática.Fonte: Foto de Andres Ayrton/Pexels
Também se espera que o Brasil volte a despontar, melhorando compromissos de emissão de gases, e preservação de florestas.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado e deve comparecer ao evento acompanhado de uma comitiva, que vai contar com a presença da ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita Marina Silva (Rede), um dos nomes de maior destaque na proteção da natureza brasileira.
A expectativa é de que o governo eleito inaugure uma nova fase nas políticas públicas de proteção ambiental após aumento no desmatamento nos últimos anos.
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