O câncer de adrenal é responsável por 0,02% de todas as neoplasias no mundo e também por 0,2% de todas as mortes causadas por diferentes tipos de câncer. A condição acontece nas glândulas suprarrenais, localizadas próximas à coluna vertebral — o crescimento ocorre por conta de mutações genéticas não corrigidas pelo organismo humano.
As suprarrenais fazem parte do sistema endócrino e são responsáveis por produzir substâncias que controlam o sistema circulatório, hormônios e funções sexuais – por exemplo: o cortisol e androgênio.
As glândulas estão exatamente na parte de cima dos rins.Fonte: Shutterstock
Ficou interessado no assunto e quer saber mais? Então, continue a leitura e veja quais são os sintomas e tratamentos para câncer adrenal.
O que é câncer de adrenal?
As glândulas adrenais – ou suprarrenais – são responsáveis por produzir substâncias importantes para o nosso corpo, como o cortisol e outros hormônios que regulam a função sexual, como o androgênio. Na maioria das vezes, o câncer de adrenal é causado por conta da produção descontrolada dessas substâncias e mutações genéticas que não foram corrigidas pelo organismo.
Como é um tumor raro, ainda não existes informações detalhadas sobre os fatores de risco ou hábitos que podem aumentar o risco de desenvolver o câncer. Contudo, nem sempre trata-se de um tumor maligno e, inclusive, os tumores benignos costumam ser mais frequentes.
Tumores da glândula adrenal podem afetar a produção de substâncias como a adrenalina, desregulando o sistema circulatório, aumentando a pressão e causando taquicardia nos pacientes – essa categoria é conhecida como feocromocitoma. Em outros casos, o aumento da produção de androgênio pode causar distúrbios metabólicos no corpo do paciente.
Os principais tumores malignos de adrenal são o carcinoma de adrenal, que se origina por conta do córtex da própria adrenal, o feocromocitoma e a metástase adrenal, que vem de outros órgãos e migra para a adrenal. Por exemplo, o câncer de pulmão é um tipo de doença que pode "infectar" a glândula adrenal.
Normalmente, os médicos urologistas ou oncologistas são responsáveis por auxiliar no tratamento.Fonte: Shutterstock
"O feocromocitoma é um tumor bastante raro que geralmente acomete pessoas entre 20 a 50 anos. Em muitos casos, a cirurgia é suficiente para o tratamento. Mas, quando são malignos (cerca de 10% dos casos), são necessárias outras avaliações e complementos no tratamento como a rádio e a quimioterapia", disse o oncologista Fernando Maluf, em entrevista ao UOL.
Onde fica o tumor adrenal?
Os tumores adrenais estão localizados próximo à coluna vertebral e grandes vasos sanguíneos, na parte superior dos rins. Mais especificamente, as glândulas suprarrenais estão no retroperitônio e são divididas entre as regiões cortical e medular – inclusive, elas são separadas por cápsulas fibrosas.
A incidência é semelhante em ambos os sexos, contudo, pode afetar mais crianças entre 1 e 2 anos, 7 e 16 anos, e adultos entre 40 e 50 anos. Comumente, o problema afeta mais a adrenal esquerda, mas pode ser bilateral em até 7% dos casos.
Quais os sintomas do câncer adrenal?
Enquanto os tumores benignos são considerados assintomáticos, o câncer de adrenal apresenta quase nenhum sintoma durante as suas fases iniciais. Porém, quanto mais avançado é o caso, os pacientes devem sentir mais sintomas de outros tipos de câncer, como dor, anemia, fadiga, perda de peso, náusea.
Sintomas mais comuns do câncer de adrenal
- Dor abdominal
- Fadiga
- Massa abdominal
- Perda de peso
- Hematúria (sangramento na urina)
- Febre
Em casos dos tumores que causam a superprodução de substâncias no organismo, os pacientes podem sentir taquicardia, ondas de calor, diarreia, ganho de peso, alterações de caráter sexual, entre outros sintomas.
Como é o diagnóstico e tratamento do tumor de adrenal?
O diagnóstico é realizado por exames de imagem do abdome, como ultrassonografia, mas costumam ser detalhados por outros procedimentos, como tomografia, ressonância magnética, PET Scan, entre outros.
A cirurgia é a recomendação no caso de tumores malignos.Fonte: Shutterstock
Comumente, os médicos descobrem o diagnóstico por meio de exames de rotina, já que não existe uma campanha de prevenção contra os tumores da glândula suprarrenal. A descoberta precoce é muito importante para aumentar as chances de sucesso no tratamento da doença.
“O exame padrão ouro é a tomografia computadorizada com contraste. Em algumas situações específicas, a ressonância magnética pode também acrescentar informações importantes. Os exames de imagem são fundamentais para estabelecer a possibilidade de a lesão ser benigna ou maligna”, disse o urologista Dr. Nilo Jorge Leão.
O tratamento diferirá para cada tipo de paciente, a depender do seu estado de saúde e do tipo de câncer, mas geralmente, os médicos realizam a cirurgia de remoção de uma ou das duas glândulas adrenais. Felizmente, as cirurgias podem ser feitas de forma menos invasiva, com cirurgia robótica ou videolaparoscopia – há também, é claro, a cirurgia comum.
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