Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Os Pilares da Criação sob um novo olhar!
mesmos pilares, novas perspectivas: James Webb revisita os famosos Pilares da Criação!
apesar de já ter sido fotografado pelo Hubble tanto em luz visível quanto infravermelha, o novo "olhar" do @NASAWebb mostra com mais nitidez as estruturas desse berçário estelar#AstroMiniBR pic.twitter.com/jqZAU1J9mP
A imagem acima mostra um dos objetos astronômicos mais icônicos e emblemáticos de todos os tempos! Conhecido como os Pilares da Criação, trata-se de um vasto aglomerado de poeira e gás frio a cerca de 6.500 anos-luz de distância de nós, localizado na Nebulosa da Águia (M16), na direção da constelação do Serpentário.
Observado pela primeira vez no ano de 1995 pelo Telescópio Espacial Hubble (HST), os Pilares da Criação ganharam uma nova imagem notória nesta semana, dessa vez observada pelas lentes do Telescópio Espacial James Webb (JWST). A imagem do JWST expande significativamente o campo de visão tomado pelo Hubble, além de exibir muito mais detalhes e profundidade dentro deste berçário estelar.
Os pilares são esculpidos e erodidos ao longo de milhões de anos pela luz ultravioleta energética e por poderosos ventos estelares oriundos do aglomerado de estrelas jovens e massivas da Nebulosa da Águia que, ao mesmo passo que os confere beleza, os condena à destruição futura.
Dentre os detalhes espetaculares capturados na visão infravermelha do Webb, destaca-se a emissão avermelhada da matéria sofrendo colapso gravitacional para formar estrelas dentro das nuvens de poeira, produzindo o belíssimo efeito de um aglomerado de joias brilhantes e azuis.
#2: Atravessando um coração galáctico
A galáxia "roda de carro" tem um formato bem particular.
Acreditamos que esta galáxia possui tal forma pela passagem de uma galáxia pelo seu coração!#AstroMiniBr pic.twitter.com/Ga2ZGfa6GO
Para alguns, a imagem acima é similar ao formato de uma hélice. Para outros, parece uma roda de um carrinho. De fato, por causa de sua aparência externa – a presença de uma galáxia central e sua conexão com o que parece ser os raios de uma roda – a galáxia da direita na imagem acima é conhecida como Galáxia Roda de Carro ou simplesmente Galáxia da Roda. Para os astrônomos, no entanto, o conjunto representa uma interação complicada entre galáxias aguardando explicação razoável.
Juntamente com as duas galáxias à esquerda, esse grupo de galáxias está a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação do Escultor. A borda da grande galáxia abrange mais de 100.000 anos-luz e é composta por regiões de formação de estrelas cheias de estrelas extremamente brilhantes e massivas.
Simulações recentes, como a apresentada acima, apontam que a forma de anel da Galáxia da Roda parece ser resultado da interação gravitacional causada por uma galáxia menor que atravessou o centro de uma galáxia maior, comprimindo o gás e a poeira interestelar e fazendo com que uma onda de formação estelar se movesse como uma ondulação pela superfície de uma lagoa.
#3: O que são as barras em galáxias espirais?
A galáxia NGC 1300 é um exemplo de galáxia espiral barrada!
Essa é uma das imagens mais detalhadas que o Hubble já fez de uma galáxia completa.
Como a barra se formou, como permanece e como afeta a formação de estrelas continuam sendo tópicos ativos de pesquisa!#AstroMiniBR pic.twitter.com/XOBJ343M4S
Galáxias espirais barradas são relativamente comuns no Universo e apresentam uma banda central de estrelas brilhantes, que se estendem de um lado a outro da galáxia. Seu formato é caracterizado pelo fato de que os braços espirais da galáxia parecem surgir do final da barra.
A imagem acima apresenta a NGC 1300, uma das mais icônicas galáxias barradas já observadas, localizada a cerca de 70 milhões de anos-luz de distância em direção à constelação do rio Eridanus. Esta imagem é uma composição de observações do telescópio Hubble e abrange mais de 100.000 anos-luz de diâmetro, apresentando todo o esplendor dos detalhes impressionantes da barra central dominante da galáxia e dos seus majestosos braços espirais pontuados de estrelas.
Entender como essas barras são formadas e como elas se relacionam com a dinâmica orbital e com a formação de estrelas nas galáxias espirais são tópicos de pesquisa contemporânea dos astrônomos profissionais.
#4: De olhos para Júpiter!
Júpiter é o objeto mais brilhante no céu no início das próximas noites. Sabia que suas 4 principais luas podem ser vistas com binóculos, pequenos telescópios e câmeras com zoom ou teleobjetivas? Use o diagrama abaixo para identificá-las entre os dias 15 e 22 de out. #AstroMiniBR pic.twitter.com/KE4irB7qfM
O maior planeta do Sistema Solar está dando um espetáculo no céu noturno nos últimos dias e continuará assim por mais algum tempo. Júpiter, que é geralmente o terceiro objeto mais brilhante na noite, depois da Lua e Vênus (apenas Marte, nosso vizinho, é ocasionalmente mais brilhante), tomou o top 1 nesse pódio nos últimos 4 dias.
O gigante gasoso é facilmente visível a olho nu, aparecendo em tons branco-amarelados e, como Vênus, seu brilho é mais forte do que o da estrela mais brilhante do céu noturno: Sirius. Para melhorar a visualização do planeta e inclusive poder observar as quatro de suas maiores luas – Europa, Ganímedes, Io e Calisto – é indicado o uso de binóculos astronômicos ou telescópios pequenos. Telescópios maiores permitem ver ainda mais detalhes como, por exemplo, a famosa Grande Mancha.
#5: Uma fusão galáctica misteriosa
fusão de galáxias passando pela timeline ?
esse é o sistema VV114 visto pelo telescópio James Webb. a imagem mostra a emissão infravermelha do objeto, onde identificamos gás ??, núcleos de formação estelar ?? e filamentos de poeira ??#AstroMiniBR
{c} @thecolomb7710, NASA/ESA pic.twitter.com/4114bTDySW
Dentre as imagens incríveis divulgadas pelo James Webb até agora, encontra-se o sistema interagente VV114 apresentado acima. Trata-se do registro de uma colisão entre duas galáxias massivas, distantes 275 milhões de anos-luz de nós.
Embora em um primeiro olhar aparentem ser um par de galáxias comuns, esse sistema, conhecido também como IC 1623, surpreendeu os astrônomos por não terem detectado nenhum buraco negro supermassivo no núcleo de nenhuma das duas galáxias, o que é contrário ao principal modelo teórico de estruturas e dinâmica galáctica.
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