#AstroMiniBR: veja o lado oculto de Saturno!

5 min de leitura
Imagem de: #AstroMiniBR: veja o lado oculto de Saturno!
Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: A dança cósmica de buracos negros

Nos catálogos astronômicos, o objeto OJ 287 encontra-se como uma galáxia típica a enorme distância de 3,5 bilhões de anos-luz da Terra, a não ser por uma característica um pouco peculiar: o seu núcleo é fortemente ativo e produz explosões violentíssimas quase periódicas há pelo menos 120 anos. Observado nas placas fotográficas de observações astronômicas desde pelo menos 1887, o objeto OJ 287 é, na verdade, um sistema binário de buracos negros supermassivos.

À medida que o buraco negro menor orbita o maior, ele se choca continuamente com a nuvem de gás e poeira que circunda o horizonte de eventos do sistema. Isso produz uma série de clarões cujo brilho intrínseco corresponde a mais de um trilhão de vezes a luminosidade do nosso Sol, maior que a emissão de luz de toda a Via Láctea! Isso porque esse buraco negro supermassivo central está entre os maiores conhecidos, com uma massa de 18,35 bilhões de massas solares.

Com uma massa tão grande, OJ 287 tem sido proposto para uma nova classificação proposta: os buracos negros ultramassivos. Já o buraco negro supermassivo menor possui uma massa de “apenas” 165 milhões de massas solares e orbita o maior em um período de 12 anos, produzindo o clarão luminoso duas vezes ao longo desse tempo.

#2: As sombras de Saturno

Saturno, o senhor dos anéis do Sistema Solar, é o planeta queridinho dos astrônomos amadores e apaixonados pelo céu noturno em todo canto do planeta. Uma boa observação de Saturno sempre o torna uma estrela em festas de estrelas.

A imagem acima apresenta a vista deslumbrante dos anéis de Saturno e do seu lado noturno que é impossível de se obter da Terra: essa vista é privilégio de telescópios espaciais. De fato, esta imagem do delgado crescente iluminado pelo Sol com a sombra da noite de Saturno sendo lançada em seu amplo e complexo sistema de anéis foi capturada pela espaçonave Cassini, uma sonda robótica da NASA que rumou em direção ao planeta em 1997 e atingiu seu destino, o próprio planeta, em 2017.

As órbitas de Saturno foram a casa da sonda Cassini por 13 anos até que ela foi direcionada para mergulhar na atmosfera do gigante gasoso. Esta magnífica imagem é um mosaico composto por quadros gravados pela câmera da grande angular de Cassini obtidas apenas dois dias antes de seu grande mergulho final.

Uma noite de Saturno como essa não será vista novamente por nós até que outra nave espacial da Terra viaje até lá.

#3: Enxergando uma abelha na Lua

O Telescópio Espacial James Webb (JWST), possui um sistema tão sofisticado e poderoso que pode detectar uma abelha a uma distância tão longe quanto a Lua.

Como? O JWST é tão sensível à luz infravermelha que ele é capaz de detectar até mesmo o leve calor de uma abelha que estivesse pousada na superfície lunar, uma vez que o ponto de energia térmica seria grande o suficiente para ser captado. Pode-se dizer também que ele é capaz de ver detalhes tão pequenos quanto uma pequena moeda de 5 centavos a uma distância de cerca de 40 quilômetros.

Essas atividades, obviamente, não são o objetivo da sensibilidade do JWST. Na prática, o telescópio está cumprindo o que prometeu: entrega aos astrônomos a observação do Universo distante como nunca na história, o que permite a comparação das galáxias e estrelas mais antigas que existem com aquelas de formação mais recente, pintando uma imagem mais clara de como elas se formaram e elucidando algumas perguntas de longa data sobre o universo nos seus primeiros instantes de vida.

#4: E falando no telescópio James Webb...

Nesta semana, a NASA divulgou as novas imagens do gigante gasoso do Sistema Solar, Júpiter, registradas pelo JWST. As fotografias impressionantes acima apresentam (com uma riqueza de detalhes sem precedentes, diga-se de passagem) as auroras se estendendo a grandes altitudes acima dos polos norte e sul de Júpiter, a dinâmica atmosférica com suas nuvens em diferentes altitudes e, é claro, a Grande Mancha Vermelha, uma famosa tempestade tão grande que poderia engolir a Terra, que aparece branca nessas imagens porque refletem muita luz solar.

#5: Um portador de carbono alienígena

Nesta semana uma equipe internacional de astrônomos reportou a detecção de moléculas de fulereno, a maior molécula observada até hoje em ambientes interestelares, em meteoritos. O mecanismo de formação desta molécula é um dos pontos de maior debate entre os astrônomos da área e, até então, nenhuma molécula do tipo havia sido descoberta em meteoritos.

O feito deixa em aberto a possibilidade de que os fulerenos sejam uma herança interestelar e um mensageiro de que processos interestelares eventualmente chegam no interior de sistemas estelares como o nosso.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.