Com uma área devastada de 10.781 km2, a Amazônia tem o segundo ano consecutivo com desmatamentos históricos, acima dos 10 mil km2. As informações são do Sistema de Alerta de Desmatamento, do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon).
No chamado "calendário do desmatamento", no período entre agosto 2021 e julho 2022, a área devastada equivale a 7 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Este é o maior registro de desmatamento dos últimos 15 anos, segundo dados da instituição.
Somando os períodos de 2020/2021 e 2021/2022 a área total devastada quase equivale ao estado do SergipeFonte: Reprodução Imazon
Ainda de acordo com os dados do estudo, a Imazon avalia que 36% do total da área devastada ocorreu na região conhecida como Amacro, que compreende os 32 municípios nas divisas entre os estados de Amazonas, Acre e Rondônia.
Com a expansão do agronegócio nessa região, foram derrubadas quase 4 mil km2 de floresta. Um aumento de 29% em relação ao período passado, atingindo outra marca histórica em 15 anos.
No período anterior, a área devastada já havia atingindo os 3 quilômetros quadrados.Fonte: Reprodução Imazon
Entre os estados que mais desmatam a floresta podemos indicar um ranking, tendo o Pará como principal extrator, responsável por 36% da atividade. Veja a lista abaixo:
1º Pará: 3.858 km2
2º Amazonas: 2.738 km2
3º Mato Grosso: 1.620 km2
4º Rondônia: 1.312 km2
5º Acre: 865 km2
Com o desmatamento em atividade crescente nessas áreas, a situação “indica que a Amacro precisa de ações urgentes de proteção, principalmente para evitar que as florestas públicas, ainda não destinadas, virem alvo de grilagem”, afirma Bianca Santos, pesquisadora do Imazon, em um comunicado da instituição.
Além disso, outros fatores relevantes e que devem entrar em discussão são a contribuição direta do desmatamento para os efeitos negativos das mudanças climáticas, a ameaça à biodiversidade, e a colocação de populações indígenas em risco, diz Bianca.
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