Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Uma companhia galáctica
Galáxias não ficam sozinhas para sempre, é bem comum que elas se misturem com outras
Um exemplo é esse par de galáxias, a NGC 7727, fotografada pelo VLT no Chile. Dando um zoom no centro da imagem dá pra ver também os buracos negros supermassivos delas se fundindo!#AstroMiniBR pic.twitter.com/z7CH885nNl
No Universo, é raro encontrar uma galáxia solitária. Isso porque, em geral, as galáxias são muito mais facilmente encontradas em ambientes de grupos e aglomerados que contém desde poucas dezenas até milhares de galáxias e comumente interagem entre si ao longo de bilhões de anos. Eventualmente, essas interações entram em uma rota de uma colisão inevitável. Quando isso acontece, o evento não se compara a um simples esbarrão: trata-se de um dos mais espetaculares fenômenos do Universo!
As consequências desse choque cósmico estão apresentadas nas belíssimas imagens acima, registradas pelo telescópio VLT, no Chile, e mostram a NGC 7727, um par de galáxias interagentes localizado a cerca de 89 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Aquário.
Na imagem, é possível perceber detalhes surpreendentes, tanto no corpo principal da galáxia como nas tênues caudas ao seu redor, compostas de poeira, gás e estrelas que foram formadas pelas interações de maré. É possível ver também os trilhos emaranhados criados à medida que as duas galáxias vão se fundindo, arrancando estrelas e poeira uma da outra para formar os longos braços que envolvem a NGC 7727. Esses braços, por sua vez, estão repletos de estrelas jovens e extremamente quentes, vistas na coloração azul na imagem. Em destaque, estão os dois núcleos galácticos originais, cada um contendo um buraco negro supermassivo que está em rota de fusão.
#2: Um novo olhar para velhas e conhecidas galáxias
O telescópio JWST está mudando a forma como vemos galáxias!
Ao observar no infravermelho, conseguimos ver com mais atenção outras propriedades das galáxias, como a poeira aquecida!!
Hubble // JWST#AstroMiniBR pic.twitter.com/xXhdsTMmxI
O telescópio espacial James Webb (JWST) da NASA não vai parar de surpreender tão cedo!
Ele examinou a Galáxia Cartwheel, acima mostrada em comparação com uma observação anterior feita pelo telescópio Hubble, em que revela novos e impressionantes detalhes da formação de estrelas e do buraco negro central da galáxia.
A alta capacidade de observação no infravermelho do JWST possibilitou a obtenção desses detalhes da Galáxia Cartwheel, acompanhada de suas duas galáxias companheiras menores.
Localizada a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância da Terra, essa galáxia que se assemelha à roda de uma carroça, é resultado de uma super colisão de uma grande galáxia e uma galáxia pequena que se deu em alta velocidade. Essa colisão afetou fortemente a forma e a estrutura da galáxia: a Cartwheel apresenta dois anéis, um anel interno brilhante e um anel colorido ao redor, que se expandem para fora do centro da colisão (da mesma forma que as ondulações que surgem na água de um rio ou um lago depois que uma pedra é atirada nele) e produzem essa imagem exótica e espetacular de um pedaço do Cosmos.
#3: Os Dedos de Deus
[#AstroMiniBR] Quando se estuda aglomerados de galáxias a gente se depara com um efeito bem interessante apelidado de "Dedos de Deus": a distribuição de galáxias parece se alongar na direção do observador, formando umas estruturas que parecem dedos (+) pic.twitter.com/EumoEKS5Ia
Ao olhar para mapas em grande escala da distribuição de galáxias em torno de nossa posição no espaço, é possível notar que parece haver estruturas semelhantes a dedos dessas galáxias apontando para a Terra. Em todas as direções do céu você vê aglomerados de galáxias apontando para a Terra.
O que isso significa? Nada em particular.
Esse é o efeito chamado de Dedos de Deus. Ele se deve às velocidades peculiares das galáxias que desviam a velocidade de uma galáxia em relação ao fluxo de movimento do Universo, causando um excesso no desvio Doppler para além do desvio que a luz sofre para o vermelho devido à expansão cosmológica. Não entendeu nada? Não se preocupe. Isso tudo significa apenas que esse é um efeito inteiramente natural e não prova em absolutamente nada que a Terra é privilegiada de alguma forma.
#4: As quatro estações do ano
finalzinho de inverno nos traz a questão: porque existem estações do ano?
a incidência de luz solar varia nos hemisférios terrestres ao longo do ano -> menor insolação abaixo da linha do Equador = inverno no hemisfério sul (jun-set) ??#AstroMiniBR
{c} Robert Simmon, @eumetsat pic.twitter.com/vJb7kTDdDR
O inverno termina e nunca é demais relembrar: ele não é, não foi e nunca será causado pelo fato de que a Terra se afasta do Sol até um ponto máximo.
As quatro estações do ano ocorrem porque, à medida que a Terra gira em seu eixo produzindo a noite e o dia, ela também se move em torno do Sol em uma órbita elíptica. O eixo de rotação da Terra é inclinado em relação ao seu plano orbital e, por conta dessa inclinação, a Terra, ao longo de sua trajetória ao redor do Sol, não recebe a mesma intensidade solar durante todo o tempo. Isso é o que causa as estações.
Quando o eixo da Terra aponta para o sol, é verão para aquele hemisfério. Quando o eixo da Terra aponta para longe, ocorre o inverno. A meio caminho entre essas duas épocas, na primavera e no outono, o eixo de rotação da Terra aponta 90 graus para longe do sol. Isso significa que nesta data, dia e noite têm aproximadamente a mesma duração: 12 horas cada, mais ou menos.
#5: Olhando para o passado do Universo
O Universo é tão tão grande, que demora bastante tempo para a luz viajar. Quando observamos galáxias que estão muito distantes, estamos vendo como uma fotografia do passado.
A luz dessas galaxias desvia para o vermelho, como ilustrado aqui embaixo!#AstroMiniBR pic.twitter.com/O53NkfxKab
Na astronomia, um dos termos mais comuns e mais utilizados pelos cientistas é redshift. Traduzido literalmente como desvio para o vermelho, ele se refere ao aumento no comprimento de onda e uma diminuição correspondente na frequência e na energia do fóton da radiação eletromagnética (como a luz, por exemplo) que é emitido por algum corpo celeste. No Universo isso ocorre naturalmente por conta da expansão cósmica!
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