A insônia é um problema comum na vida de muitas pessoas. A causa dela pode acarretar diversas consequências para o organismo, desde meras dores de cabeça e redução na qualidade do sono até problemas cognitivos e emocionais.
Para combatê-la, surgem os mais variados fármacos, como é o caso do popular zolpidem. Embora seja um medicamento considerado seguro, eficiente e de rápida ação contra a insônia, é preciso se atentar ao consumo.
Isso porque, além de ter contraindicações, o incentivo do uso desenfreado dele pode causar sérias consequências. Ficou interessado no assunto? Então continue a leitura.
Afinal, você sabe o que é e para que serve o zolpidem?
O hemitartarato de zolpidem é um composto pertencente ao grupo das imidazopiridinas, cuja ação ocorre sobre os centros de sono. É por isso que médicos geralmente o prescrevem para tratar insônia aguda ou de curta duração em pacientes que enfrentam dificuldades para dormir e/ou manter o sono.
Os efeitos começam cerca de 30 minutos após a ingestão, visando diminuir o tempo que alguém leva para dormir. Além disso, a substância age para reduzir a quantidade de vezes que essa pessoa acorda durante a noite.
Por se tratar de um hipnótico com propriedades relaxantes, sedativas e ansiolíticas, o tratamento precisa ser realizado sob orientação médica. Portanto, o medicamento não deve ser utilizado por muito tempo, já que pode haver o risco de tolerância e dependência.
Como tomar o zolpidem e quais são os efeitos dele no organismo?
O zolpidem atua no organismo rapidamente. Assim, deve ser ingerido no momento em que o paciente for dormir. Recomenda-se o consumo de, no máximo, um comprimido por dia.
Está entre as prescrições tomar o composto cerca de 7 a 8 horas antes do horário que se pretende acordar, para evitar o risco de sonolência durante o dia. O efeito esperado decorrente do uso do zolpidem é o de sedação, sonolência e relaxamento muscular, já que a fórmula contém pequenas propriedades ansiolíticas e anticonvulsivantes.
Embora seja um remédio bem tolerado, existem relatos de pessoas que, ao usar o medicamento incorretamente ou ingerir zolpidem e não dormir, apresentaram outros tipos de efeito colateral, como:
- sonambulismo;
- alucinações;
- agitação;
- comportamentos inconscientes durante o sono.
O que acontece com quem toma muito zolpidem?
O uso excessivo de zolpidem pode causar o desenvolvimento de abuso e dependência, em especial levando em consideração que esse risco aumenta com a dose e a duração do tratamento.
Consequentemente, o consumo desenfreado pode fazer que os pacientes passem a depender psicologicamente do composto, pois sentem a necessidade de dormir rapidamente, não tolerando o tempo de espera comum.
- Leia também: Existe relação entre ansiedade e insônia?
Também é importante considerar que a probabilidade de dependência do zolpidem aumenta em pacientes com histórico de abuso de álcool, drogas e/ou distúrbios psiquiátricos.
Quem não deve tomar zolpidem?
O zolpidem é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Também não é indicado para pacientes com insuficiência hepática ou respiratória que estejam na faixa etária pediátrica. Além disso, não pode ser utilizado para tratamento em grávidas ou em período de amamentação.
Apesar de a bula do composto não estabelecer contraindicações diretas, o uso do fármaco por pacientes com histórico de depressão, alcoolismo ou dependência química deve ser feito com cautela.
A combinação do zolpidem com outros medicamentos, opioides e álcool pode causar reações adversas, aumentando o risco de sedação, depressão respiratória, paranoia e até mesmo óbito, no caso da mistura com opioides.
Quem tem ansiedade pode consumir zolpidem?
O consumo de zolpidem por quem tem ansiedade deve ser feito com atenção, pois o medicamento é indicado para o tratamento de insônia.
Na hipótese de tratamento contra ansiedade ou outros transtornos, é necessário se atentar às medicações que podem interagir com o zolpidem. Alguns exemplos são: anti-histamínicos, analgésicos, antidepressivos e ansiolíticos potencialmente capazes de alterar ou reduzir o efeito do zolpidem no organismo.
Antes de iniciar um tratamento com zolpidem, o paciente deve descobrir quais são as causas da insônia, as quais podem variar desde o uso excessivo de redes sociais antes de dormir e mudanças climáticas até fatores fisiológicos.
Além disso, é possível realizar o monitoramento do sono através de smartwatches. Muitos deles exibem relatórios da qualidade do sono, ajudando o paciente a se atentar aos episódios de insônia e procurar a devida orientação médica, caso necessário.
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