Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: É um pássaro? É um avião?
[ERRATA] É possível que os rastros luminosos tenham sido causados pela reentrada do estágio do foguete chinês Chang Zheng previsto para passar por aquela região e não por meteoros como especulado.
Obrigado aos amigos do @CeuProfundo, sempre atentos! ??https://t.co/lPHSGErtag
Obviamente, não é nem um e nem outro, mas tampouco é o super-homem. Especulado inicialmente como a fragmentação de um meteoro que entrou na atmosfera da Terra, o fenômeno é explicado por algo bem mais humano e bem mais artificial: na noite do dia 2 para o dia 3 de abril deste ano, um dos estágios do foguete Chang Zheng entrou na atmosfera e produziu o belíssimo show no céu noturno de boa parte da Índia.
O foguete, pertencente à China, faz parte da família de veículos lançadores Long March, desenvolvido pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento (CALT, da sigla em inglês). Os foguetes Chang Zheng atualmente se dividem nas categorias CZ-5 e CZ-5B, cujas capacidades máximas de carga útil são de aproximadamente 25.000 kg para órbitas terrestres baixas e cerca de 14.000 kg para as órbitas de transferência geoestacionária.
O vídeo acima mostra o momento em que o terceiro estágio de um desses foguetes, lançado em fevereiro do ano passado, adentrou na atmosfera terrestre. Os rastros luminosos são devido à combustão gerada pela combinação da alta velocidade e do atrito com as moléculas da atmosfera.
#2: Saiu a primeira imagem do buraco negro central da Via Láctea da história!
Conheça o buraco negro no centro da nossa Galáxia pela primeira vez!
Além de um grande feito tecnológico, nosso conhecimento astronômico avança cada dia mais!
Sgtr A* tem 4 milhões de massas solares, um raio de 6 milhões de km e uma foto! #AstroMiniEHT #AstroMiniBR pic.twitter.com/RjKhwBEJSL
Na manhã da quinta-feira (12), uma coletiva de imprensa no Observatório Europeu do Sul (ESO), na Alemanha, divulgou pela primeira vez os resultados da análise da região central da nossa galáxia, obtidos pelo Event Horizon Telescope (EHT).
O EHT é uma colaboração internacional de radiotelescópios espalhados pelo mundo que atuam conjuntamente para simular um super telescópio cujo diâmetro equivale ao tamanho da própria Terra. Com essa combinação, a equipe do EHT foi capaz de produzir a imagem do buraco negro supermassivo central na galáxia M87, em abril de 2019, e agora, produziram também a segunda imagem de um buraco negro supermassivo na história: dessa vez, o nosso.
Conhecido como Sagittarius A* (Sgr A*), o buraco negro central da Via Láctea possui uma massa estimada em cerca de 4 milhões de massas solares (isto é, 4 milhões de vezes mais massivo que o Sol) e está distante cerca de 27.000 anos-luz do Sistema Solar, uma posição bastante segura para nós, caso você tenha se perguntado se isso impõe algum risco para a Terra.
#3: E falando em buracos negros...
para os buracos negros supermassivos, toda hora é hora do lanchinho!
quando estão crescendo e consumindo matéria, eles podem produzir a seguinte estrutura (simplificada!):
?? toro de poeira
?? disco de acreção
?? jatos de partículas#AstroMiniEHT #AstroMiniBR
{c} NASA Tumblr pic.twitter.com/AULHnNnzhH
Os buracos negros no Universo apresentam uma série de estruturas comuns. Por exemplo, existem duas componentes básicas em um buraco negro: uma, sua singularidade e duas, seu horizonte de eventos.
O horizonte de eventos é um “ponto sem retorno”, uma rua sem saída da qual não há volta ao redor do buraco negro. Não se trata de uma superfície física, mas de uma esfera ao redor do buraco negro que marca o limite onde a velocidade de escape (a velocidade mínima necessária para escapar da influência gravitacional de um corpo) é igual à velocidade da luz.
Estudar esses corpos impõe um desafio para a astronomia, sua detecção depende fortemente da observação indireta: os astrônomos não podem observar buracos negros diretamente, mas veem comportamentos em outros objetos que só podem ser explicados pela presença de um objeto muito grande e denso próximo. Além disso, os efeitos indiretos podem incluir materiais sendo puxados para o buraco negro, discos de acreção se formando ao seu redor e até mesmo jatos de partículas extremamente energéticas!
#4: Um flare solar registrado pela NASA
O Solar Dynamics Observatory @NASASun flagrou o exato momento em que a região ativa AR3006 emitiu um intenso flare em Raios X (classe X1.5) na direção da Terra na manhã desta terça-feira! Observe a região brilhante pouco abaixo do centro da imagem!#AstroMiniBR pic.twitter.com/Lmo0Q9F7Ta
A sonda espacial da NASA, Solar Dynamic Observatory (SDO), detectou uma forte atividade em raios-X na região solar designada AR3006 (“AR” significa “active region”, região ativa) na última terça-feira (10).
O registro feito pelo SDO mostra uma forte erupção solar, que são fortes e poderosas explosões de radiação na superfície do Sol. A radiação nociva de uma erupção solar não pode passar pela atmosfera da Terra para afetar fisicamente os humanos no solo, no entanto, se for intensa o suficiente, ela pode perturbar a atmosfera na camada onde os sinais de GPS e comunicações são transmitidos.
#5: Um espaguete cósmico!
Como virar um espaguete ??
Se você se aproximar de um buraco negro "de pé", o campo gravitacional do BN é tão intenso que a força de atração nas suas pernas é absurdamente maior do que a da sua cabeça¹, criando esse alongamento, ou "espaguetificação".??#AstroMiniBR pic.twitter.com/7TC0i3gafI
Um dos termos mais curiosos e divertidos de toda a astronomia se chama espaguetificação. Parece brincadeira, mas, na astrofísica, esse é o termo utilizado para designar o efeito de maré causado por fortes campos gravitacionais. Ao cair em direção a um buraco negro, por exemplo, um objeto é esticado na direção do buraco negro ao mesmo tempo em que ele é comprimido perpendicularmente a ele enquanto cai. Por essa razão, o objeto pode ser distorcido em uma versão longa e fina de sua forma distorcida, como se estivesse esticado como um espaguete.
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