Do que são feitos os asteroides e como são formados?

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Asteroides são rochas espaciais. Grandes como planetas ou pequenas como bolas de futebol, seja o tamanho que for, esses viajantes celestes são, basicamente, feitos de pedra, alguns silicatos, argila, diferentes metais e até mesmo, alegam certos especialistas, água.

Atualmente conhecemos mais de um milhão deles. Ainda assim, a massa somada de todos não chega à da nossa lua. Descubra mais sobre esses objetos espaciais fascinantes.

Asteroides são rochas espaciais (Fonte: Wikimedia Commons/Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Corbis)Asteroides são rochas espaciais (Fonte: Wikimedia Commons/Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Corbis)Fonte:  Wikimedia Commons 

Os asteroides são corpos celestes muito interessantes e com características bastante variadas. Eles ocorrem em diferentes formatos. Muitos são irregulares, enquanto outros podem ser praticamente esféricos. Alguns inclusive têm buracos e crateras na superfície.

Uma parte viaja em órbitas elípticas ao redor do Sol e pode se chocar contra os planetas e luas. Outros estão confinados em dois grandes cinturões do nosso sistema: o principal entre Marte e Júpiter, e um ainda maior após do Netuno.

Como os asteroides se formam?

Há 4,6 bilhões de anos, uma enorme nuvem de gás e poeira espacial colapsou. A maior parte desse material se agrupou em um ponto de alta gravidade no centro da região, mas o resto ficou disperso ao redor.

Essa é a história de formação do nosso sol e do sistema solar. Aos poucos, a poeira espacial que não foi incorporada na estrela começou a aglomerar e deu origem aos planetas. Mas uma parte dos detritos sobrou e resta até hoje gravitando nas nossas vizinhanças.

Qual é a composição de um asteroide?

A composição de um objeto espacial é determinada pelo seu espectro de emissão, que é capaz de identificar os elementos químicos presentes em uma substância a partir da luz que ela emite. Assim, a maioria dos asteroides pode ser classificada entre três tipos.

  • Tipo-C (condritos): formados de argila e silicato, são super comuns. De aparência escura, estão provavelmente entre os mais antigos a serem formados.
  • Tipo-S (pedregosos): ricos em silicato e níquel-ferro. Compreendem cerca de 17% de todos os asteroides conhecidos e são os mais densos.
  • Tipo-M (níquel-ferro): possuem a maior porcentagem de ferro na composição entre todos. Por outro lado, são os menos abundantes.

Classificação dos asteroides

Durante muito tempo, os asteroides desconcertaram astrônomos em todo o mundo. Até hoje não existe uma classificação oficial para o termo e a União Astronômica Internacional prefere o nome Corpos Menores do Sistema Solar para denominar tudo de tamanho inferior a um planeta.

Por isso, segundo alguns, o primeiro asteroide descoberto foi Ceres, em 1801. De início classificado como um planeta, o corpo está localizado no cinturão de asteroides e, hoje, é oficialmente denominado planeta-anão.

Outros grandes corpos na mesma região são Pallas e Vesta, considerados protoplanetas. O cinturão de asteroides agrupa a maioria daqueles que são conhecidos pelo homem, e foi formado por causa da grande gravidade exercida por Júpiter na região.

Ceres pode ser considerado o primeiro asteroide descoberto (Fonte: Wikimedia Commons/Justin Cowart)Ceres pode ser considerado o primeiro asteroide descoberto (Fonte: Wikimedia Commons/Justin Cowart)Fonte:  Wikimedia 

Os troianos são outro grande grupo desses objetos. Eles compartilham a órbita com um planeta maior, atraídos pela força gravitacional do grande objeto, sem nunca se chocarem com ele.

Isso pode gerar dois pontos especiais nas órbitas. Nesses lugares, a atração da gravidade exercida pelo planeta se equilibra com a do sol, e as rochas que passam por ali acabam ficando presas nessa região

Júpiter acumula a maioria dos troianos, mas Marte, Netuno e até a Terra possuem alguns companheiros de órbita.

O cinturão de asteroides está entre os planetas Marte e Júpiter (Fonte: Wikimedia Commons/NASA/JPL-Caltech/SST)O cinturão de asteroides está entre os planetas Marte e Júpiter (Fonte: Wikimedia Commons/NASA/JPL-Caltech/SST)Fonte:  Wikimedia Commons 

Em 1977 foram descobertos novos habitantes nos confins do nosso sistema planetário. Chamados inicialmente de centauros, alguns especialistas questionam se esses corpos podem ser considerados asteroides.

A descoberta de um número particularmente grande deles no entorno do então planeta Plutão (hoje, planeta-anão), levou os astrônomos a classificassem a região como um novo cinturão, de Kuiper.

O local é o mais rico de rochas do nosso sistema e inclui outros planetas-anões como Orcus, Haumea, Quaoar e Makemake. Nessas regiões frias, as rochas espaciais são cobertas de gelo e por isso se assemelham a cometas.

Os objetos no cinturão de Kuiper são os mais distantes do sol (Fonte: Wikimedia CommonsNASA/ESA/G. Bacon)Os objetos no cinturão de Kuiper são os mais distantes do sol (Fonte: Wikimedia CommonsNASA/ESA/G. Bacon)Fonte:  Wikimedia Commons 

Existem duas outras classificações importantes para os astrônomos. Asteroides Próxima à Terra são aqueles que orbitam pertinho de nós. E os geocruzadores são os que atravessam a nossa órbita.

Os cientistas monitoram com atenção especial esses últimos, porque representam um risco real de impacto com a Terra, podendo levar à catástrofes imensuráveis. O radar é o principal instrumento utilizado no sistema de vigilância do planeta.

Sobras abandonadas durante a formação do Sistema Solar, esses objetos não foram incorporados aos planetas atuais, e viajam pelo espaço, despertando a curiosidade e intrigando todas aqueles que ousam olha para o céu.

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