O Instituto Butantan divulgou na terça-feira (15) os resultados finais do ensaio clínico de fase 3 da vacina contra a chikungunya, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva. Além de mostrar-se seguro e causar reações adversas mínimas, o imunizante teve divulgada anteriormente uma taxa de soroconversão (anticorpos) de 98,5% tanto em adultos quanto em idosos acima de 65 anos.
Passados seis meses da aplicação da vacina, os dados mostraram a presença de anticorpos neutralizantes em 96,3% da população analisada. Conduzido nos EUA, o estudo teve a participação de 4.115 homens e mulheres.
O indicador, que continuará sendo monitorado por até cinco anos, é significativo, pois o país norte-americano não é uma região endêmica de chikungunya, o que implica em uma produção menor de anticorpos naturais.
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Sobre a chikungunya
Transmitida pelos mosquitos da dengue (Aedes aegypti e Aedes albopictus), a chikungunya é uma doença sem cura, cujo tratamento se resume ao alívio dos sintomas. Além de febre, a arbovirose causa dor de cabeça, dores nas articulações náusea, fadiga, erupções cutâneas, além da dor muscular que é a origem do nome da doença (“aqueles que se dobram” de dor em swahili).
De acordo com o Instituto Butantan, o diretor médico da Valneva, Juan Carlos Jaramillo, afirmou que "entregar pela primeira vez os resultados finais de fase 3 de uma vacina contra chikungunya significa que estamos um passo mais próximos de solucionar uma importante e crescente ameaça de saúde pública.”
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