A China registrou no domingo (13) cerca de 3,4 mil casos de covid-19, o dobro do número anotado no dia anterior. Considerado o surto mais grave da doença em dois anos de pandemia, os números fizeram com que as autoridades de saúde do país retomassem sua política “covid zero” do início da pandemia, e determinassem o fechamento de escolas em Xangai, bloqueio de bairros de Shenzhen e isolamento de cidades inteiras do nordeste.
Embora esse recrudescimento da doença não represente uma ameaça para o resto do mundo, já que o número de casos registrado na China é muito menor do que a de muitos países menos populosos, sua ascensão rápida preocupa as autoridades. Além de impactar a pretensão da "liberação dinâmica" de Pequim, o crescimento do contágio atrasa o cumprimento das metas de eliminação rápida da covid-19.
Bloqueios e testes rápidos
Vista da cidade de Xangai, na China, que enfrenta nova alta dos casos de covid-19Fonte: Shutterstock
Após registrar 1.412 novos casos sintomáticos em um único dia, contra 134 no dia anterior, a província de Jilin, no nordeste da China, se tornou o principal foco da covid-19 no país, representando 78% do total nacional. No sábado (12), a divisão administrativa teve seu território parcialmente fechado, sendo que os 700 mil habitantes de cidade de Yanji, na fronteira com a Coreia do Norte, tiveram que ficar confinados em suas casas no domingo.
Enquanto isso, em Xangai, maior cidade do país, houve grande movimentação para o fechamento temporário de escolas, empresas, restaurantes e shoppings, para evitar a adoção de um isolamento social total. O aumento dos casos de covid-19 fez com que a comissão nacional de saúde adotasse uma medida inédita: a introdução dos testes rápidos de antígeno – os autotestes – disponíveis online ou em farmácias.
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