Brasil tem mais de 230 mortes desde início da estação das chuvas

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Imagem: Governo do Rio de Janeiro

Com o número de mortes chegando a 120 até a manhã desta sexta-feira (20) em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, o Brasil chega a uma triste marca: desde o início da estação das chuvas em outubro de 2021, pelo menos 230 pessoas morreram em consequência das enchentes no País.

Um levantamento elaborado pelo jornal O Estado de S. Paulo, atualizado nesta sexta pelo TecMundo, computou dados da Defesa Civil dos Estados e do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.

Os números mostram que pelo menos cinco unidades da federação – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo – registraram mortes causadas pelas chuvas desde 1ª de outubro de 2021. Embora Petrópolis seja o local com mais perda de vidas neste verão, tragédias também ocorreram em São Paulo (48 mortes), Bahia (27), Minas Gerais (26), e duas mortes no Sergipe e no Espírito Santo, sem contar os milhares de desabrigados.

O primeiro episódio de grandes proporções ocorreu no sul da Bahia, no final do ano passado, quando chuvas fortes ocorridas entre o Natal e o Ano Novo atingiram cerca de um milhão de pessoas, em 141 cidades. Também na virada do ano, Minas Gerais viu uma série de municípios serem castigados pelas chuvas nas primeiras semanas de 2022, sem contar a queda inesperada de um cânion em Capitólio, que matou dez pessoas.

Riscos e omissões

Porto Seguro (BA). (Fonte: Palácio do Planalto/Wikimedia Commons/Reprodução.)Porto Seguro (BA). (Fonte: Palácio do Planalto/Wikimedia Commons/Reprodução.)Fonte:  Palácio do Planalto/Wikimedia Commons 

Segundo estimativa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os prejuízos causados pelas chuvas nos últimos seis anos atingem R$ 51,3 bilhões, nos setores de agricultura, pecuária e indústria. Minas Gerais registrou, apenas nos últimos três meses, perdas da ordem de R$ 6,1 bilhões. De acordo com a Defesa Civil do estado, existem hoje 422 cidades em situação de emergência.

Embora cada região possua suas necessidades próprias, já se sabe que, entre os fatores de risco, o que mais gera impacto é a ação humana. A falta de vegetação, por exemplo, principalmente em áreas íngremes, potencializa o volume de água que vai para os rios. Nesse sentido, a ausência de um planejamento urbano efetivo amplifica o risco de edificações construídas sem estrutura para receber eventos extremos.

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