Parkinson: flavonoides podem reduzir mortalidade em pessoas com a doença

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De acordo com um estudo publicado na revista Neurology pela Universidade Park (Estados Unidos), na quarta-feira (26), pessoas com a doença de Parkinson que comem alimentos ricos em flavonoides podem ter menor risco de mortalidade do que aqueles que não comem a mesma quantidade — o composto é facilmente encontrado em frutas vermelhas, cacau, brócolis, vinho tinto, entre outros alimentos.

O estudo foi realizado com 652 homens e 599 mulheres durante 34 anos e, assim, os cientistas descobriram que pacientes com Parkinson podem viver mais ao ingerir uma quantidade maior de flavonoides.

Frutas vermelhas são ricas em flavonoidesFrutas vermelhas são ricas em flavonoidesFonte:  Unsplash 

“A pesquisa anterior do nosso grupo descobriu que quando as pessoas sem Parkinson comiam mais flavonoides, isso estava associado a um risco menor de desenvolver a doença no futuro. Queríamos explorar ainda mais se a ingestão de flavonoides poderia estar ligada a uma melhor sobrevivência em indivíduos que já haviam sido diagnosticados com Parkinson”, disse um dos autores, Xiang Gao.

Alguns participantes do estudo revelaram que ingerem alimentos ricos em flavonoides com frequência, como chá, maçã, laranja, sucos e mais. Dessa forma, os cientistas fizeram cálculos e, após avaliar outros fatores como idade e dieta, descobriram que 25% das pessoas com os maiores níveis de ingestão tinham até 70% mais chance de sobreviver que o outro grupo.

Mais pesquisas são necessárias

De acordo com dados da Fundação Parkinson, mais de 60 mil pessoas são diagnosticadas com a doença todos os anos e, atualmente, mais de 10 milhões de pessoas são afetadas pela doença cerebral. De qualquer forma, é importante destacar que os pesquisadores estão entendendo os resultados da pesquisa e eles ainda precisam estudar os mecanismos subjacentes que podem ter causado essa resposta.

“Os flavonoides são antioxidantes, então é possível que eles possam diminuir os níveis de neuroinflamação crônica. Também é possível que eles interajam com atividades enzimáticas e retardem a perda de neurônios e possam proteger contra o declínio cognitivo e a depressão, que estão associados a um maior risco de mortalidade”, completou Zhang.

ARTIGO Neurology: doi.org/10.1212/WNL.0000000000013275 

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