Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Um sistema binário de estrelas massivas com planetas!
INCRÍVEL!! Astrônomos europeus fazem imagem (DE VERDADE, NÃO ILUSTRAÇÃO) de planeta ao redor de par de estrelas. Com 6 vezes a massa do Sol (somadas), é o sistema mais massivo com um planeta confirmado.
A seta indica o planeta, o outro ponto é uma estrela de fundo. #AstroMiniBR pic.twitter.com/Az1dk2q9fJ
Planetas fora do Sistema Solar existem aos montes. Planetas que orbitam sistemas binários de estrelas também não são bem o que chamaríamos de uma grande novidade e nem parece ser um fato incomum no Universo. Na última quarta-feira, porém, astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, da sigla em inglês) divulgaram uma imagem real de um planeta em órbita de b Centauri, um sistema estelar binário que, além de poder ser visto a olho nu, possui o aspecto interessante de ser o sistema estelar mais quente e massivo a hospedar planetas até agora! O registro foi feito pelo Very Large Telescope (VLT), telescópio localizado em Cerro Paranal, no Chile, e representa uma descoberta animadora para os astrônomos porque altera drasticamente a relação conhecida entre estrelas massivas e planetas em suas órbitas. Além disso, o planeta descoberto no sistema b Centauri está localizado em um meio inteiramente diferente do que aqueles encontrados no Sistema Solar: com mais de 10 vezes a massa de Júpiter, o planeta fica em um ambiente hostil e é bombardeado por uma intensa radiação oriunda do par de estrelas extremamente massivas e quentes!
#2: Como é distribuída a massa do Sol?
A massa do Sol não é uniformemente distribuida.
De dentro pra fora, 50% do raio do Sol engloba 90% da sua massa!
Ou seja, o Sol é muito mais denso nas partes internas que externas.
Imagem © ESA, NASA #AstroMiniBR pic.twitter.com/iKISM1wqks
Que o Sol é extremamente grande e massivo comparado à Terra (e às coisas que existem em sua superfície) você já deve saber. O Sol é tão grande que em seu volume caberiam facilmente 1.300.000 Terras! Sua massa é tão intensa que corresponde a 99,8% da massa total do Sistema Solar! Esses valores são tão impressionantes que levaram os astrônomos Imke Pater e Jack J. Lissauer, autores de um livro famoso na área chamado “Ciências Planetárias” (em tradução livre), a se referir ao Sistema Solar como “o Sol e mais alguma poeira”. Contudo, uma coisa que você talvez não saiba é que nossa estrela não é uma esfera de densidade homogênea! Modelos matemáticos detalhados do interior solar, baseados em observações astronômicas e em conhecimentos de astrofísica estelar, permitem explorar muitos aspectos “ocultos” do Sol, sendo um deles exatamente esse: a metade interna da nossa estrela concentra 90% de sua massa!
#3: Como você ficaria daqui a 30 anos?
Astronautas e pilotos militares devem suportar enormes quantidades de forças-g durante decolagens e certas manobras.
Eles recebem treinamentos especiais onde simulam deliberadamente forças intensas para replicar situações extremas! #AstroMiniBR pic.twitter.com/TdUbS06cpp
Nem todos gostariam de ter acesso à resposta dessa pergunta, mas para aqueles curiosos, uma opção para ter uma ideia desse futuro (além de usar os famigerados aplicativos de smartphones) é se candidatar para seguir carreira de piloto militar ou de astronauta! Isso porque esses dois profissionais são comumente submetidos a treinamentos onde a força-g é deliberadamente aumentada de modo a simular certas condições experimentadas pelo organismo quando ele passa por manobras e acelerações intensas! Esses treinamentos são projetados com o intuito de prevenir a perda de consciência induzida pelo aumento da aceleração (conhecida através do jargão técnico g-loc), uma situação em que a ação das forças g move o sangue para longe do cérebro a ponto de o piloto desmaiar. Como os incidentes de perda de consciência podem ser fatais durante missões espaciais ou em aeronaves, treinamentos como esse são imprescindíveis.
#4: Grande, bonita e glamorosa!
sua foto é no máximo ajeitadinha... bonita mesmo é essa foto de perfil aqui da NGC 1055 ??????
NGC 1055 possui bastante poeira em seus braços espirais ??, sendo brilhante no infravermelho ?? e é membra de um grupo de galáxias na constelação da ??
{c} Martin Pugh#AstroMiniBR pic.twitter.com/IOiQzr4YPB
A belíssima galáxia espiral NGC 1055 compõe um pequeno grupo de galáxias distante 60 milhões de anos-luz de nós, sendo o membro dominante do sistema. Ao apresentar-se para nós de perfil, a NGC 1055 tem um diâmetro maior que o da nossa própria galáxia, se estendendo por mais de 100.000 anos-luz no Cosmos. Em contraste com suas densas camadas de poeira estão as vastas regiões de formação de estrelas em coloração rosada, que se espalham ao longo de todo o disco da galáxia. Seu halo luminoso também se mistura com estruturas estreitas e tênues de poeira, possivelmente os detritos de uma galáxia satélite que se fundiu com ela há cerca de 10 bilhões de anos!
#5: Uma lua com mais água que todos os oceanos da Terra juntos!
?? VIDA FORA DA TERRA?
Juntando todos os oceanos da Terra, teríamos apenas metade da quantidade de água que deve existir em Europa, uma das luas de Júpiter.
Por esse e outros motivos, essa lua possui um grande potencial para abrigar vida como nós conhecemos!#AstroMiniBR pic.twitter.com/aA92H5X7j5
Uma grande parte da lua de Júpiter, Europa, é composta inteiramente de água. A lua galileana possui um vasto e profundo oceano de água líquida sob uma camada de gelo em sua superfície, que pode variar de 80 a 170 quilômetros em profundidade média! Se considerarmos 100 quilômetros como sua profundidade média, toda a água de Europa poderia ser reunida em uma esfera com um raio de quase 900 quilômetros! Por conta desse vasto manancial de água e da intensa energia “bombeada” por Júpiter em seu interior, Europa tornou-se um dos pontos favoritos do Sistema Solar onde poderia abrigar vida. Por essa razão, nos próximos anos, a NASA pretende enviar uma sonda ao satélite com o objetivo de explorar essa possibilidade!
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