O negativo de um único frame do vídeo que retrata uma suposta autópsia feita no ano de 1947 em um ser extraterrestre (ET) está disponível em um leilão virtual como Token Não Fungível (NFT) pela bagatela de 1 milhão de dólares – lance inicial. O alienígena em questão teria caído com sua nave em Roswell, no Novo México, o que gerou muita especulação na época. O filme, em preto e branco, mostra o que seria o cadáver de um ET na mesa de um legista e já foi alvo de muita especulação e reviravoltas ao longo das últimas décadas.
Frame de negativo da suposta autópsia de um extraterrestre ocorrida em 1947.Fonte: Rarible/Reprodução
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O leilão como NFT, é uma espécie de certificado inteligente que dá a garantia de que o objeto é autêntico e atrelado a uma carteira digital – assegurando que o maior lance adquirirá uma sequência de código exclusivo e um quadro de negativo físico real do filme da autópsia que, de acordo com o anúncio do leilão, virá com correspondências da CIA que validam a imagem.
O Caso Roswell
Fonte: Freepik
Rumores sobre um objeto voador não identificado (óvini) em Roswell começaram a circular em 1947, depois de um oficial de informação pública do Exército dos Estados Unidos emitir um comunicado à imprensa descrevendo um "disco voador" acidentado na cidade de Roswell, que estaria em posse do exército. Boatos que circulavam na época afirmavam que um alienígena morreu no acidente e foi dissecado em sigilo pelo governo dos Estados Unidos.
Em 1995, um documentário que foi ao ar no canal Fox, Alien Autopsy: Fact or Fiction, apresentou a filmagem da suposta autópsia do ocupante do óvni. Na filmagem, uma figura humanoide sem vida está sobre uma mesa, e uma ferida aberta pode ser vista em sua perna direita. O ser tem tronco e barriga arredondados, olhos escuros e bulbosos, bem como uma cabeça sem pelos, muito maior do que o crânio humano médio. Figuras com trajes protetores brancos circundam o "cadáver" e realizam uma dissecação metódica.
Controvérsias
Ray Santilli, um produtor britânico de discos e filmes, era o dono do vídeo. Santilli disse que adquiriu o filme em 1992 de um cinegrafista militar americano aposentado, durante uma busca por imagens de arquivo para um documentário sobre Elvis Presley – de acordo com o comunicado do leilão. Santilli argumenta que o filme é genuíno, mas os céticos discordam.
Em 2006, o escultor e designer de efeitos especiais John Humphreys afirmou ao site Live Science que criou o boneco alienígena que aparece no vídeo e ainda revelou que aparece no filme como um dos patologistas. Outro suposto participante do vídeo se identificou em 2017: o cineasta Spyros Melaris, o qual disse que o filme foi feito em seu apartamento, em Londres. Segundo Melaris relatou ao site News Corp Australia Network, à época, eles utilizaram um boneco com órgãos de animais para filmar.
Mas, em 2019, um memorando de 2001 foi “vazado” pelo tabloide sensacionalista The Sun. O documento era do Instituto Nacional de Ciência da Descoberta (NIDSci), uma organização privada extinta em 2004, especializada em eventos paranormais. Supostamente escrito pelo físico Eric Davis, o memorando afirmava que um ex-cientista da CIA chamado Kit Green havia avaliado as evidências da autópsia e dito que a filmagem era real.
Leilão conturbado
O leilão do filme teve uma reviravolta inesperada nesta semana. Em 27 de maio, o evento online foi prejudicado por um ataque de negação de serviço (DDoS) – uma inundação de tráfego que sobrecarregou o site. A lista de vendas caiu minutos antes da data marcada para sua conclusão, segundo um representante do leilão informou ao site Live Science por e-mail. Uma nova listagem já está online e está disponível para lances até o dia 30 de maio.
Segundo a casa de leilões Rarible, que está organizando o pregão online, nenhum outro frame da sequência jamais será comercializado, o que deve fazer o preço do material só aumentar com o tempo.
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