Pesquisadores da Universidade Brigham Young, Estados Unidos, criaram hologramas reais, imagens que se movimentam no ar. De acordo com a dupla à frente do projeto, a novidade abre caminho para experiências imersivas sem precedentes e permite que pessoas interajam com objetos virtuais presentes, de fato, nos espaços que ocupam.
Dan Smalley, professor de engenharia elétrica da instituição e líder do estudo, explica que as projeções às quais chegaram não possuem em sua construção elemento algum gerado por computadores e podem ser vistas de todos os ângulos.
Ao contrário do que oferecem monitores 3D, para os quais espectadores e espectadoras devem olhar se desejarem visualizar "contornos", a tecnologia apresentada permite que as exibições flutuem em ambientes, sendo físicas, não apenas miragens.
Ainda segundo Smalley, ele e Wesley Rogers, graduando, se inspiraram em elementos de ficção científica – e é possível dar uma olhada no resultado das pesquisas no vídeo abaixo, em que um aluno interage com uma tela volumétrica.
Dentre os elementos demonstrados, um boneco é capaz de andar e pular sobre um dedo, atestando a capacidade da invenção. Confira.
Truques sofisticados
Este é mais um passo dado pelos cientistas na área. Em 2018, Dan e um grupo de pesquisadores chamaram a atenção com sua armadilha óptica, ou "impressora de luz", capaz de capturar uma partícula de luz com um raio laser e de movimentá-la, deixando um rastro iluminado para trás.
Apesar de impressionante, perspectiva variável no tempo não era uma opção para as imagens, um obstáculo superado desta vez.
"Isso não é como nos filmes, nos quais sabres de luz ou torpedos de fótons nunca existiram de verdade no espaço físico. [As projeções] são reais e, se você olhar para elas de qualquer ângulo, verá que existem naquele espaço", destaca o professor.
Equipe à frente de holograma real.Fonte: Reprodução
Rogers, por fim, complementa: "Podemos fazer alguns truques sofisticados com paralaxe de movimento e a tela parecer muito maior do que é fisicamente. Essa metodologia nos permitiria criar a ilusão de um display muito mais profundo e até, teoricamente, infinito."
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