A Anvisa anunciou, na manhã desta terça-feira (23), que a vacina contra a covid-19 do Laboratório Pfizer/Biontech recebeu o registro definitivo de uso para imunização. O imunizante foi o primeiro a receber este tipo de registro, já que as vacinas de Oxford e CoronaVac, que já estão sendo aplicadas, receberam autorização de uso emergencial.
“O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro”, diz trecho de nota assinada por Antonio Barra Nunes, diretor presidente da Anvisa.
A análise do imunizante durou 17 dias e servirá para uso amplo nas Américas. A agência comemorou a decisão técnica e defendeu que o “registro abre caminho para a introdução no mercado de uma vacina com todas as salvaguardas, controles e obrigações resultantes dessa concessão”.
Apesar de ter recebido o sinal verde, não há expectativa para o início do uso da vacina da Pfizer no Brasil. A farmacêutica chegou a oferecer a vacina ao governo brasileiro em dezembro, mas o acordo não foi fechado porque o Ministério da Saúde acreditou que o negócio causaria "frustração" aos brasileiros. A justificativa da pasta foi que o número de doses oferecidas pela Pfizer à época era pequeno. Posteriormente, o governo Bolsonaro tentou retirar cláusulas do contrato de venda para trazer a vacina ao Brasil, mas a Pfizer não aceitou as novas exigências.
O Reino Unido é um dos países que já iniciou a aplicação da vacina da Pfizer e os resultados têm sido animadores. Aliado a medidas como o lockdown, o número de internações diminuiu no país drasticamente nas últimas semanas.
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