Representantes das empresas Pfizer e BioNTech revelaram nesta segunda-feira (9) à BBC de Londres que uma análise preliminar feita com a primeira vacina contra o coronavírus mostra que ela é capaz de prevenir que mais de 90% das pessoas contraiam a covid-19.
Descrevendo o data de hoje como "um grande dia para a ciência e a humanidade", os desenvolvedores revelaram que as empresas irão solicitar a aprovação emergencial para o uso da vacina até o final deste mês.
O resultado faz com que a farmacêutica dos EUA e o laboratório alemão de biotecnologia, BioNTech, sejam os primeiros fabricantes de medicamentos a apresentar oficialmente o sucesso de um ensaio clínico em larga escala, em que 43,5 mil pessoas foram testadas em seis países, inclusive no Brasil.
Como funciona a vacina da Pfizer?
Cientistas pegam uma parte do código genético do vírus, o RNA, que orienta a produção de proteínas nas células, e o reveste em um lipídio para poder entrar dentro das células do corpo.
Fonte: Nature/ReproduçãoFonte: Nature
Fonte: Nature/ReproduçãoFonte: Nature
A molécula biológica entra nas células e manda que elas produzam a proteína "spike" (aquele espinho) do coronavírus. Isso faz com que o sistema imunológico passe a produzir anticorpos e ative as células T, que irão destruir as células infectadas.
Fonte: Nature/ReproduçãoFonte: Nature
Se o paciente tiver contato com o coronavírus, os anticorpos e as células T serão acionados para combatê-lo.
Fonte: Nature/ReproduçãoFonte: Nature
O fornecimento da vacina
A aplicação da vacina é feita em duas doses, com intervalo de três semanas entre ambas. Os testes demonstraram que os 90% de proteção são alcançados sete dias após a segunda dose.
A Pfizer estima que sua capacidade de produção é de 50 milhões de doses até o final deste ano, e cerca de 1,3 bilhão até o final do ano que vem. Porém, há desafios logísticos, como a exigência de que a vacina seja mantida numa temperatura baixíssima de -80ºC.
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