Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria, divulgou dados dos testes da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Segundo ele, 94,7% dos 50.027 voluntários na China não apresentaram efeito adverso após receberem a substância, sendo que efeitos de grau considerado baixo, como dores leves no local da aplicação, fadiga e febre moderada, foram identificados em apenas 5,36% dos participantes.
"Efeitos adversos de baixa gravidade para uma minoria de pessoas são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida aqui pelo Instituto Butantan, apresenta efeitos pouco nocivos, como dor no local da aplicação, e não mais do que 10% dos que são vacinados apresentam reação dessa natureza", explicou Doria. "Além de segura, a CoronaVac está se mostrando altamente eficiente. Na China, ela apresentou 98% de eficiência na imunização das pessoas que foram testadas".
Ainda não se sabe qual é o nível de eficácia real, já que tais informações, de acordo com Doria, serão divulgadas após a inclusão dos dados referentes aos testes de 9 mil profissionais de saúde voluntários que receberam duas doses, quantidade supostamente necessária para proteger o organismo contra o Sars-CoV-2. Parte deles ainda espera a segunda aplicação, mas o número total deve ser ampliado para 13 mil no país, incluindo grupos de risco, como idosos e crianças.
Governador de São Paulo João Doria divulgou dados em entrevista coletiva.Fonte: Reprodução
Planos e negociações
Ressaltando a necessidade de aguardar a finalização da terceira fase de testes no Brasil, Doria informou também a quantidade de doses encomendadas: "Até 31 de dezembro, teremos 46 milhões de doses da CoronaVac, e até 28 de fevereiro, 60 milhões de doses, o que é suficiente para a imunização de todos os brasileiros de São Paulo".
Entre os planos, foram apontadas discussões com o Ministério da Saúde quanto à distribuição. De qualquer modo, ressaltou o governador, não está descartada a execução de um plano alternativo: "O que eu posso garantir é que os brasileiros que residem em São Paulo não vão ficar sem a vacina".
"Já fizemos negociações com o Ministério da Saúde para comprar mais 40 milhões de doses dessa mesma vacina para permitir a vacinação de brasileiros de outros estados e esperamos que, com o sucesso da vacina de Oxford e outras, o governo federal possa vacinar a totalidade dos brasileiros no menor tempo possível", declarou.
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