Atualmente, existe uma série de testes para a identificação da covid-19 disponível no mercado. Por esse motivo, é necessário entender seus funcionamentos e especificidades para escolher o método mais adequado para cada caso.
Os principais exames se dividem em dois grandes grupos: diretos e indiretos. O primeiro grupo é voltado para a detecção do vírus, como o RT-PCR e os testes rápidos imunocromatográficos para detecção do antígeno viral. Já o segundo, foca na detecção da resposta imune ao vírus, como as pesquisas de anticorpos.
Exame de detecção RT-PCR
Essa opção é a mais recomendada pelo Ministério da Saúde para quadros agudos com suspeita da doença. No RT-PCR, a coleta de amostra deve ser realizada até, no máximo, o 7.º dia após o início dos sintomas.
“É importante ressaltar que o RT-PCR também pode estar sujeito a resultado falso negativo em amostras de má qualidade por coleta inadequada contendo pouco material, coleta realizada em fase muito precoce ou muito tardia da infecção, ou ainda por acondicionamento inadequado”, explica o Dr. Carlos Aita, médico patologista clínico e responsável técnico do Grupo Diagnósticos do Brasil.
Testes rápidos
Outra opção para detecção precoce é a pesquisa de antígeno viral, que pode ser realizada através dos testes rápidos imunocromatográficos. Nesse caso, o paciente recebe o diagnóstico de 10 a 30 minutos após o exame.
Esse método é baseado na alteração dos indicadores IgM e IgG pela reação entre o antígeno e o anticorpo. Os especialistas recomendam que seja realizado a partir de 10 dias após o início dos sintomas.
Rastreio da exposição prévia
Essa opção é mais adequada para casos em que os pacientes não apresentaram nenhum sintoma típico ou tiveram sintomas, mas não realizaram a confirmação diagnóstica laboratorial no momento do quadro agudo.
“Acredita-se que a presença dos anticorpos de memória possa promover proteção evitando a reinfecção ou recidiva, apesar de ainda não haver comprovação científica dessa hipótese. Nessa situação, o exame mais indicado é a pesquisa de anticorpos IgG ou de anticorpos totais”, completa o Dr. Carlos Aita.
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