Uma nuvem de gafanhotos avança pela Argentina e pode atingir plantações do Rio Grande do Sul. O alerta foi emitido pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (Senasa) do país vizinho, que monitora o fenômeno desde maio. Segundo o órgão, os insetos surgiram no Paraguai, onde destruíram lavouras de milho e mandioca, e seguiram para a província de Santa Fé na última quarta-feira (17); de lá, atravessaram o Rio Paraná, que abrange parte do Brasil, e foram rumo à cidade argentina de Corrientes.
O Senasa ressaltou que a nuvem de gafanhotos sobrevoou quase 100 quilômetros em 1 dia. Esse tipo de passagem é capaz de destruir uma pastagem equivalente ao que 2 mil vacas conseguem consumir no mesmo período.
Veja um registro do movimento em Santa Fé.
#Alerta #Langosta ????#SantaFe
— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 18, 2020
Como habíamos pronosticado, la manga de langostas ingresó a la provincia en el día de hoy y luego de desplazarse casi 140 km se asentó en cercanías de la localidad de Lanteri. pic.twitter.com/YHPHSEN8H5
A previsão é de que hoje (23) o grupo chegue à província de Entre Ríos devido a ventos fortes e altas temperaturas. Caso se mantenha firme, nos próximos dias a invasão pode colocar locais fronteiriços em perigo, como parte do Rio Grande do Sul.
Lavouras com risco de perda total
As nuvens de gafanhotos são geradas pela falta de inimigos naturais, provenientes do uso de químicos agrícolas, além de clima quente e seco. No Brasil, o fenômeno não ocorre há pelo menos três safras, sendo registrado por último em parte do Maranhão, onde não houve grandes estragos devido ao rápido aumento de umidade local.
Se a praga chegar em grande quantidade ao país, os danos podem ser severos, com possibilidade de perda total de plantações e pastagens. Isso poderia ocorrer sobretudo porque se trata de uma situação de difícil controle químico rápido pelos produtores.
Fontes
Categorias