Considerando o atual cenário brasileiro de subnotificações de casos de covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (28), que testes rápidos sejam feitos em farmácias. Com isso, hospitais e clínicas deixarão de ser as únicas opções para quem está em busca de um diagnóstico.
As farmácias não são obrigadas a disponibilizar os testes, mas aquelas que decidirem oferecê-los deverão ter profissionais qualificados durante todo o horário de funcionamento para conduzir os procedimentos.
Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, "a inserção dos testes rápidos nas farmácias comunitárias privadas é uma iniciativa importante para ampliar o acesso aos exames, reduzir custos, evitar aglomerações, bem como diminuir a procura de serviço médico em estabelecimentos da rede pública já altamente demandada".
O teste rápido (ensaio imunocromatográfico) não serve como diagnóstico final, sendo apenas uma ferramenta auxiliar. Isso acontece em razão da possibilidade de apresentar falso negativo, que pode ocorrer se o atendido for testado no estágio inicial da doença, quando anticorpos do Sars-CoV-2 ainda estão ausentes ou em níveis muito baixos.
Dessa maneira, o Ministério da Saúde não vai considerar esses testes em sua contagem oficial de casos no país. A medida, que foi aprovada por unanimidade pela mesa direta, será válida somente enquanto durar a pandemia.
É importante lembrar que a decisão não tem como objetivo ir contra a quarentena voluntária, que é o melhor método para prevenção da covid-19 atualmente. Afinal, leitos de UTI em inúmeros estados já atingiram a capacidade máxima e têm longas filas de espera. Por esse motivo, o distanciamento social deve ser priorizado.
Ainda não se sabe o preço que será cobrado pelos testes. A Anvisa deve divulgar mais detalhes sobre a aplicação da medida nos próximos dias.
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